O influenciador Renato Cariani foi liberado pelo MPSP oito meses antes da operação da PF

O influenciador Renato Cariani foi liberado pelo MPSP oito meses antes da operação da PFcO Ministério Público de São Paulo (MPSP)

O influenciador Renato Cariani foi liberado pelo MPSP oito meses antes da operação da PFcO Ministério Público de São Paulo (MPSP)

O influenciador Renato Cariani foi liberado pelo MPSP oito meses antes da operação da PF

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) iniciou um inquérito aberto contra o empresário e fisiculturista Renato Cariani oito meses antes do início da operação da PF que prendeu o influenciador de fitness Renato Cariani nessa terça-feira (12/12), acusado de desvio de substâncias químicas para a fabricação de crack e cocaína.

O esquema em que Renato Cariani participou desviou uma quantidade de substâncias químicas capazes de produzir 15 toneladas de crack em seis anos, segundo a PF. A investigação, iniciada em parceria com o braço do MPSP, Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), teve início em 2019 após uma denúncia do laboratório AstraZeneca, um dos fabricantes de vacinas contra a Covid-19.

A PF pediu a prisão de Cariani, da sócia dele na empresa investigada, a Anidrol, e de outros dois suspeitos. Todos foram negados pela Justiça Estadual. Em um vídeo postado nas redes sociais após ser alvo de busca e apreensão, o influencer disse ter sido “surpreendido” com a operação da PF e que vai pedir acesso ao processo para saber o que há na investigação antes de se manifestar.

Com base na mesma acusação feita pela AstraZeneca, outra investigação aberta foi iniciada pela Polícia Civil paulista e um promotor do MPSP simultaneamente ao inquérito da PF. Em abril deste ano, o Ministério Público Estadual arquivou o inquérito neste caso, que terminou com muitas lacunas.

Além da denúncia do laboratório, a Polícia Civil pegou um representante da AstraZeneca, que contou aos investigadores sobre as notificações da Receita Federal sobre transações suspeitas com a Anidrol, empresa com a qual Cariani é sócia. O Fisco contrato dois pagamentos de R$ 212 mil em dinheiro vivo para uma empresa do influenciador que a AstraZeneca não reconheceu ter feito.

No inquérito, a defesa também entregou trocas de e-mails com o tal “Augusto Guerra”, além de veículos que compareciam à sede da sua empresa. E afirmou que descobriu por meio da apuração da Receita Federal que as pessoas com quem conversou “se passaram” por representantes da AstraZeneca. Em reação ao ocorrido, ele disse ter “tirado de linha” o cloridrato de lidocaína e que aumentou as “verificações de segurança” entre a Anidrol e os clientes.

Em uma investigação na empresa, a Polícia Civil coletou registros de vários carros que entraram na sede da Anidrol. O proprietário de um dos veículos, que roubou o veículo em um período posterior à sua entrada na empresa Cariani, disse em depoimento que não sabia de nada. Isso foi o ponto de partida da investigação. Não houve quebra de sigilo ou prolongamento do inquérito para determinar o verdadeiro proprietário do e-mail usado para trocar mensagens com Cariani em nome da AstraZeneca.

Em abril, o promotor Eduardo Soares Amaral acolheu a versão de Cariani e disse que documentos apresentados pelo empresário e influencer mostram que “falsários conseguiram estabelecer uma roupagem eficiente para ludibriar a empresa vendedora e promover a aquisição dos insumos químicos” em nome da AstraZeneca.

“Neste cenário, não há elementos viáveis a estabelecerem vínculo entre a empresa Anidrol e o desvio de produtos químicos”, afirmou o promotor, ao pedir o arquivamento do caso.

AliançA FM

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