O dólar caiu pela sexta vez seguida ante o real e atingiu o menor nível em dois anos na última quarta-feira (23). A moeda americana perdeu 1,44% no dia e fechou a R$ 4,8446 para a venda, o menor valor para encerramento desde 13 de março de 2020 (R$ 4,8128).
Em 2022, o dólar acumula queda de 13,11% ante a moeda brasileira, o que deixa o real com a melhor performance global acumulada até o momento.
Com a perspectiva de diminuição da produção desses países, os produtores de commodities como o Brasil acabam se “beneficiando” dessa briga, já que os demais países vão comprar os produtos de nações que não estão em guerra e, portanto, têm o que vender.
O Brasil já vinha num movimento de valorização do real antes mesmo de a guerra estourar, com o retorno do mundo à normalidade após o pico da pandemia os países voltaram a buscar commodities para produzir. Mas, por conta da própria pandemia e por problemas climáticos, a produção de commodities já era mais baixa.
Em economia, quando um produto está em falta, seu preço aumenta. E é por isso que um país que produz mercadorias de que os demais estão precisando recebe mais dinheiro.
Por exemplo se todo mundo quer comprar papel higiênico e o papel higiênico acaba, quem tem estoque vai poder aumentar o preço, porque os compradores vão disputar o produto. Essa é a chamada lei da oferta e da demanda, e é o que acontece com tudo o que é produzido e que tem valor econômico.
Como os estrangeiros estão trazendo dólares para comprar produtos em reais, existe maior oferta da moeda, seu preço cai e o o real se valoriza.
AliançA FM