Projeto que proíbe os casamentos entre pessoas do mesmo sexo será discutido pela Comissão da Câmara nesta terça

Projeto que proíbe os casamentos entre pessoas do mesmo sexo será discutido pela Comissão da Câmara nesta terça Nesta terça-feira (19)

Projeto que proíbe os casamentos entre pessoas do mesmo sexo será discutido pela Comissão da Câmara nesta terça Nesta terça-feira (19)


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Projeto que proíbe os casamentos entre pessoas do mesmo sexo será discutido pela Comissão da Câmara nesta terça
Nesta terça-feira (19), a Comissão de Previdência e Família da Câmara dos Deputados revisará um projeto que proíbe o reconhecimento de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

No início de setembro, a discussão da proposta foi interrompida por um pedido de vista após a leitura do parecer do relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE).

Eurico examina novos projetos que tramitam em conjunto na Câmara sobre o assunto em seu relatório. A proposta principal, apresentada pelo então deputado Clodovil Hernandes (PTC-SP), permitiu a celebração de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Mas o texto e outros sete foram rejeitados pelo parlamentar. O relator aprovou apenas a proposta que proíbe o reconhecimento desse tipo de união.

O projeto afirma que as relações entre indivíduos do mesmo sexo não poderão ser equiparadas:

  • ao casamento
  • à entidade familiar

O Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu uniões homoafetivas três anos antes. Em 2009, o texto em análise foi apresentado à comissão e, neste ano, foi descartado.

A retomada do projeto é patrocinada por deputados que se opõem ao governo e associados estão à bancada evangélica da Câmara. Acredita-se que os deputados conservadores dominam o colegiado onde a discussão ocorre.

O presidente da comissão, deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), afirma que espera que a votação seja concluída nesta terça, apesar das críticas de colegas na Casa e campanhas nas redes sociais que se opõem ao texto.

Rodolfo nega a existência de um esforço dirigido contra a comunidade LGBTQIA+.

“O projeto não foi desarquivado como estão dizendo. Ele estava engavetado, o que é diferente. Todos os projetos que estavam engavetados na comissão estão sendo pautados. Começamos pelos mais antigos. Tínhamos projetos de 2003, esse de Clodovil foi de 2007. Não foi algo direcionado. Ele estava lá e, como todos os outros, foi pautado”, afirma.

 

Daniel Sarmento, advogado e professor titular de Direito Constitucional da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), considera que o texto do projeto viola a Constituição e os princípios fundamentais.

Ele acredita que o Supremo Supremo provaria novamente a inconstitucionalidade da concessão de casamentos homoafetivos quando a lei fosse promulgada.

“A decisão do STF [que liberou as uniões] foi tomada para preservar direitos constitucionais. O texto do projeto, retrógrado, vai contra cláusula pétrea. Não há como prosperar”, diz.

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, que foi envolvido no julgamento que permitiu os casamentos homoafetivos, afirma que iniciativas como a que está sendo discutida na Câmara são um “retrocesso social”.

“Qualquer ensaio objetivando impedir, por via legislativa, o reconhecimento do casamento civil homoafetivo constituirá, segundo penso, um gesto de indigno retrocesso social, impregnado de indisfarçável e censurável preconceito, vulnerador de postulados constitucionais básicos, todos eles protegidos por cláusula pétrea”, afirma.

AliançA FM

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