STF A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou ontem, por três votos a dois, a cassação do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR), aliado do presidente Jair Bolsonaro. A decisão colegiada derrubou liminar em favor do parlamentar, concedida por Kassio Nunes Marques. Logo depois do julgamento, Bolsonaro disse, aos gritos, que “tem de haver uma reação”, insultou ministros e ameaçou não cumprir ordens da Corte.
O resultado da sessão representa novo revés ao governo no Supremo, pois reforça o posicionamento já manifestado pela Justiça Eleitoral de que não serão tolerados ataques às urnas eletrônicas. Nunes Marques defendeu o devolução do mandato de Francischini e foi seguido por André Mendonça.
O deputado perdera o mandato no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outubro passado por divulgar notícias falsas em transmissão ao vivo em uma rede social no dia da votação de 2018. Na ocasião, ele disse que, ao tentar digitar na urna o número 17, de Bolsonaro, apareceu o 13, do PT.
O placar dissipou, por ora, o clima de crise que começara a se armar na Corte pelo fato de um único ministro ter suspendido os votos de seis dos sete juízes do TSE – três deles integrantes do Supremo. O resultado, ainda, evidencia o isolamento dos dois magistrados indicados por Bolsonaro.
AliançA FM