Momentos antes de tomar a CoronaVac e se tornar a primeira brasileira a receber a vacina contra a Covid-19, Mônica Calazans, se derreteu em lágrimas.
A enfermeira de 54 anos, que trabalha no instituto Emílio Ribas, convive desde março do ano passado com a dor e angústia provocadas pela pandemia, dia após dia na linha de frente tratando de pacientes que muitas vezes não voltam para a casa. Mônica celebrou, neste domingo, a esperança por dias melhores. Além de está na linha de frente contra a Covid-19, Mônica tem perfil de alto risco pelas diabetes e hipertensão.
Moradora de Itaquera, na zona leste da capital Paulista, ela trabalha em turnos de 12 horas em dias alternados na UTI do Emílio Ribas, hospital de referência para casos graves de Covid-19, viúva ela mora com o filho de 30 anos e cuida da mãe que aos 72 anos vive sozinha em outra casa, por isso Mônica é minuciosa nos cuidados de higiene e distanciamento social tanto no trabalho quanto em casa, até agora nenhum dos três foi contaminado pelo Coronavírus. Apesar disso, Mônica viu a Covid-19 afetar sua família quando o irmão caçula que é auxiliar de enfermagem e tem 44 anos ficou internado por 20 dias, devido a doença.
Nesta segunda-feira começa a distribuição da CoronaVac para os seis hospitais e escolas que são referência no atendimento aos pacientes de Covid-19 em diversas regiões do estado de São Paulo, depois disso outros municípios vão receber o imunizante para a aplicação nas equipes de saúde locais, junto com os profissionais da saúde, idosos, indígenas e quilombolas formam o grupo prioritário que vai ser vacinado na primeira fase da campanha nacional.
Fonte: Agência Rádio Web
Reportagem de: Ricardo Rodrigues