Politica: Lula assume presidência do Mercosul e defende união entre países

Politica: Lula assume presidência do Mercosul e defende união entre países O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira

Politica: Lula assume presidência do Mercosul e defende união entre países
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (4), ao assumir a presidência do Mercosul, que os países do grupo devem apresentar uma resposta “rápida e contundente” às condições propostas pela União Europeia para a conclusão de um acordo comercial entre os dois blocos.

“O Instrumento Adicional apresentado pela União Europeia em março deste ano é inaceitável. Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções. É imperativo que o Mercosul apresente uma resposta rápida e contundente”, afirmou no discurso.

As declarações foram feitas durante a cúpula do bloco, em Puerto Iguazú, na Argentina. O Brasil assume a presidência rotativa do grupo — formado ainda por Argentina, Paraguai e Uruguai— por seis meses.

No discurso, o presidente brasileiro também citou acordos com Canadá, Coreia do Sul e Singapura, e voltou a defender uma moeda comum para transações entre países do Mercosul. Disse ainda que o grupo precisa retomar “protagonismo” e que a presidência no bloco é uma “etapa essencial” para o “reencontro” do Brasil com a América do Sul.

Acordo com a União Europeia

O documento citado por Lula, com condições impostas pela União Europeia para o fechamento do acordo, prevê sanções em questões ambientais e tem sido motivo de impasse nas negociações.

O presidente brasileiro disse que o Mercosul não tem interesse “em acordos que nos condenem ao eterno papel de exportadores de matérias-primas, minérios e petróleo”. No entanto, disse estar “comprometido” em concluir as negociações com o bloco europeu.

“Estou comprometido com a conclusão do acordo com a União Europeia, que deve ser equilibrado e assegurar o espaço necessário para adoção de políticas públicas em prol da integração produtiva e da reindustrialização”, afirmou.

Negociado desde 1999, o acordo teve a parte comercial finalizada em 2019 e está em fase de revisão pelos países dos dois blocos. Nesta terça, Lula já havia dito que não vai aceitar “imposições” e que não quer uma “política em que eles ganhem e a gente perca”.

Outros acordos

No discurso, Lula também citou países com discussões já em andamento sobre acordos comerciais, além de novas frentes de negociação.

AliançA FM 

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