Polícia: Ataque TI Yanomami mata 1 criança e deixa mais 5 filhos

Polícia: Ataque TI Yanomami mata 1 criança e deixa mais 5 filhos Uma criança Yanomami foi morta e outros cinco indígenas ficaram feridos

Polícia: Ataque TI Yanomami mata 1 criança e deixa mais 5 filhos
Uma criança Yanomami foi morta e outros cinco indígenas ficaram feridos durante um ataque a tiros na comunidade Parima, dentro da Terra Indígena Yanomami nessa segunda-feira (3). A informação foi divulgada pelo Ministério dos Povos Indígenas, que enviou equipes para o local. Os agressores fugiram.

As vítimas foram socorridas por servidores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) que atuam em uma base de apoio da região. A localidade tem forte presença de garimpeiros ilegais.

Entre os feridos estão adultos e crianças. Segundo o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari, os feridos são: uma liderança indígena, de 48 anos, uma mulher de 24, a filha dela, de 5 anos, e duas meninas, de 15 e 9 anos.

O corpo da criança morta caiu no rio e ainda não foi localizado. Júnior Hekurari solicitou apoio do Corpo de Bombeiros para encontrar o corpo.

Segundo a liderança, que teve acesso a lista com os nomes dos indígenas atendidos, a criança morta no ataque era uma menina, de 7 anos. A vítima é irmã das outras duas crianças, de 9 e 15 anos.

Após o ataque, equipes da Polícia Federal, servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Força Nacional e da Força Nacional de Saúde Pública foram enviadas para a região.

“Os agressores se evadiram e a situação está sob controle. O MPI está presente na região acompanhando a situação”, disse o ministério.

Ainda não se sabe as circunstâncias do ataque e nem quem são os agressores. A suspeita é de que o ataque tenha sido causado por garimpeiros que ainda atuam no território.

Procurado pelo g1, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) lamentou a morte da criança e informou que as outras cinco pessoas foram feridas por disparos de arma de fogo e estão recebendo atendimento.

“Um helicóptero militar foi deslocado de Boa Vista para atendimento”, afirmou.

Em nota, o governo federal lamentou o episódio e comunicou que “tem atuado para que os envolvidos sejam identificados e responsabilizados”. A nota é assinada pelo ministérios da Saúde, dos Povos Indígenas, da Defesa e da Justiça e Segurança Pública, e da Secretaria Especial de Saúde Indígena e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

“O Governo Federal reitera o compromisso de reestruturar as políticas voltadas à promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas, como saúde indígena, segurança alimentar e proteção territorial na TI Yanomami”, completou

Esse não é o primeiro ataque a tiros contra indígenas registrado no território neste ano. Em abril, um indígena Yanomami morreu e outros dois foram baleados por garimpeiros ilegais na comunidade Uxiu.

Alvo há décadas de garimpeiros ilegais, o maior território indígena do Brasil enfrentou nos últimos o avanço desenfreado da atividade ilegal no território. Em 2022, a devastação chegou a 54% – cenário que tem mudado com as ações deflagradas desde janeiro deste ano.

A invasão do garimpo predatório, além de impactar no aumento de doenças no território, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente – com o aumento do desmatamento, poluição de rios devido ao uso do mercúrio, e prejuízos para a caça e a pesca, impactando nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.

Desde o dia 20 de janeiro, a Terra Yanomami está em emergência de saúde pública. Desde então, o governo Federal atua para frear a crise com envio de profissionais de saúde, cestas básicas e desintrusão de garimpeiros do território – este último tem como linha de frente o Ibama, PF, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal. Polícia: Ataque TI Yanomami  Polícia: Ataque TI Yanomami  Polícia: Ataque TI Yanomami 

A operação ocorre com foco na destruição de toda estrutura usada pelos garimpeiros e para interromper o envio de suprimentos para o garimpo e o possível escoamento do minério extraído ilegalmente. (com informações G1)

AliançA FM

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