Mulheres trans têm vantagem nos esportes?

Mulheres trans não têm vantagem nos esportes, diz estudo; De acordo com o relatório realizado pelo Canadian Centre for Ethics in Sport (CCES)

Mulheres trans têm vantagem nos esportes?

Mulheres trans têm vantagem nos esportes?

De acordo com o relatório realizado pelo Canadian Centre for Ethics in Sport (CCES), não existem evidências científicas que provem que mulheres transgênero possuem alguma vantagem nos esportes. Segundo a pesquisa, os fatores que determinam o desempenho de um atleta são nutrição e qualidade de treinamento.

Para o relatório, o CCES analisou toda a literatura científica sobre o tema publicada na língua inglesa entre 2011 e 2021. Todos os textos que possuíam comentários que não apresentam investigação empírica ou teórica foram descartados da análise. Além de estudos biomédicos, a pesquisa também considerou elementos sociais.

Concluiu-se a partir das evidências disponíveis que mulheres trans submetidas à supressão da testosterona, realizada por meio da hormonoterapia, não têm vantagens biológicas sobre as mulheres cis no esporte de elite.

No documento Diretrizes do COI sobre Justiça, Inclusão e Não Discriminação com Base na Identidade de Gênero e Variações de Sexo, que substitui e atualiza as declarações anteriores sobre esse assunto, incluindo o consenso de 2015, a testosterona deixa de ser um pré-requisito global para promover competitividade.

Cada Federação deve definir o que é ou não considerado uma vantagem injusta, também a depender do esporte, no páreo entre mulheres cis e trans.

Apesar de a intenção do Comitê ser garantir a inclusão, na análise de Seger esse direcionamento põe em risco os progressos que já haviam sido conquistados no último ciclo olímpico.

Segundo um balanço publicado em julho do ano passado pelo site de notícias Outsports, que é voltado para questões LGBTQIA+, pelo menos quatro atletas trans ou não binários competiram em Tóquio. Nenhum número parecido com este havia sido registrado em Olimpíadas passadas.

“É justo, sim, que esportes diferentes tenham regras diferentes, desde que a forma como elas sejam construídas não tenha um ponto de partida transfóbico, apenas considerando as pessoas trans como imitações fisiológicas de uma pessoa cis”, ponderou.

“Existe uma parte que eu considero ser um retrocesso, pois retira a responsabilidade política e de regulamentação do COI. O recado que isso passa é de que eles ‘lavaram as mãos’ a respeito de como as pessoas trans ingressam nas disputas. Se a federação não faz uma regra, não existe um precedente que permita a competição de pessoas trans.”

AliançA FM

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