Metade dos presos por vandalismo recebeu o Auxílio Emergencial. Levantamento elaborado por um grupo técnico do Ministério Público Federal (MPF) mostrou que das cerca de mil pessoas presas pelos ataques golpistas de 8 de janeiro, metade recebeu o Auxílio Emergencial.
O benefício foi pago pelo governo federal como medida de resgate aos mais vulneráveis no momento mais agudo da pandemia de Covid.
A equipe de servidores também puxa informações sobre o endereço dos suspeitos, os bens a eles ligados e suas fichas criminais. Além disso, consulta placas de automóveis dos investigados, com o objetivo de identificar responsáveis por veículos utilizados na ofensiva antidemocrática.
O grupo ainda auxilia a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do Ministério Público Federal — a qual é vinculada — na perícia de equipamentos eletrônicos apreendidos com os presos nos atos golpistas.
A Procuradoria-Geral da República investiga os atos golpistas do dia 8 em quatro frentes de apuração: sobre os responsáveis pela depredação das dependências do Planalto, Congresso e Supremo, “autores intelectuais e partícipes por instigação” dos atos antidemocráticos, financiadores da ofensiva e “agentes públicos responsáveis por omissão imprópria”.
Por meio dos dados levantados, é possível individualizar as condutas dos golpistas, o que contribui para a apresentação de denúncias contra os envolvidos.
Os prejuízos aos cofres públicos pelos ataques são calculados em R$ 20 milhões.
Denúncias
Até o momento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou 835 pessoas pelos atos golpistas de 8 de janeiro, 139 delas na última terça-feira (14).
Destas, 645 são consideradas incitadoras, ou seja, participaram do ato ou estavam acampadas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, mas não depredaram ativamente os prédios públicos da Praça dos Três Poderes.
189 são considerados executores: praticaram invasão dos prédios, vandalismo e depredação.
Entre os crimes apontados pela PGR estão:
AliançA FM