Lula pede terrenos a prefeitos para construir moradia populares
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu apoio aos prefeitos para ampliar o programa Minha Casa Minha Vida e reduzir o déficit habitacional no Brasil. “Queria fazer um desafio aos prefeitos do Brasil: se puderem fazer a concessão de terrenos, a gente pode fazer casas muito mais baratas para o povo mais pobre desse país”, declarou durante o encerramento do encontro da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) nesta terça-feira (14), em Brasília.
Ele também informou que determinou que o Ministério do Planejamento faça um levantamento de “todas as terras públicas que têm no governo federal” e de “todo o patrimônio – prédios, casas e lojas – que estiver abandonado”, para transformar em moradia popular.
Lula destacou que o déficit habitacional hoje está em cerca de 6 milhões de residências. E disse que a grande maioria das casas são feitas “pelo povo, à toque de caixa”, muitas vezes em local indevido, como em áreas de encosta. Citou a tragédia do litoral norte de São Paulo, e disse que as vítimas nesse tipo de episódio são sempre “o povo pobre e trabalhador”.
Nesse sentido, o presidente também chamou para o diálogo os prefeitos. Disse que ele e os seus ministros estão sempre à disposição, porque é nas cidades que ocorrem os problemas que afetam a sociedade. “Não acredito que um presidente possa governar sem ouvir governadores e prefeitos. A gente tem que entender que trabalhando separado, a gente é muito fraco. Juntos, somos muito fortes”.
Bancos públicos
Lula também afirmou vai trabalhar para que os bancos públicos emprestem recursos para os municípios que tenham capacidade de endividamento.
“Se tiver condições, o dinheiro não vai ficar no cofre do banco para render com juros”, defendeu o presidente.
Ele também prometeu atender a todos os prefeitos, independentemente do partido. “A única coisa que quero saber é que vocês foram eleitos e representam o voto do povo. Eu tratarei todos como se fossem do meu partido, do meu time e da minha religião. Daqui para frente, no meu governo, não faltará os meus ministros e não faltará o presidente nos debates de vocês.”
Por fim, afirmou aos prefeitos e prefeitas presentes no evento da FNP: “Eu quero dizer que eu gosto de ser presidente e gosto de estar aqui. Eu gosto de política. Aprendi a ser político, a gostar e respeitar o político”.
Lula contou que prefere “um político a um técnico”, ao se referir à sua equipe de ministros, porque os “técnicos precisam de um chefe, que se chama político”.
Financiamento
Durante o evento da FNP, Lula também participou da inauguração da Sala das Cidades, da Caixa Econômica Federal. O intuito é ampliar o financiamento às obras de infraestrutura. “Se o estado tiver condições e a cidade tiver condições, o dinheiro não vai ficar no cofre do banco para render com juros. Vai render com obra, para melhorar a qualidade de vida das pessoas”. Lula pede terrenos a Lula pede terrenos a
Ele afirmou que o Brasil tem “vocação” para o crescimento, porque o país ainda tem muitas tarefas prioritárias a cumprir. “Nós ainda temos tudo para fazer, na área do transporte, educação, saneamento. Ou seja, temos uma quantidade imensa de obras para fazer, que a gente não poderia estar vendo o desemprego aumentar”.
Desse modo, disse que o seu governo vai investir, somente em 2023, cerca de R$ 23 bilhões em obras, o que supera os investimentos dos quatro anos do governo Bolsonaro. Citou que, em todo o país, são 14 mil obras paradas que a gestão atual promete retomar. “Só para vocês terem ideia, nós encontramos esse país com 186 mil casas paralisadas. Casas ainda do tempo da Dilma, do Lula, que estavam para ficar prontas em 2015, e que foram simplesmente paralisadas”.
AliançA FM