Israel descarta cessar-fogo e avança para o coração da Faixa de Gaza

Durante as operações desta segunda-feira, o Exército anunciou ter resgatado Ori Megidish, uma soldado sequestrada e mantida como refém pelo grupo terrorista desde o violento ataque em solo israelense. Até então, apenas quatro reféns, todas mulheres, foram libertadas voluntariamente pelo Hamas.

No dia 7 de outubro, o Hamas realizou o maior atentado terrorista contra o território israelense dos últimos 50 anos, que deixou mais de 1.400 mortos. Em sua incursão, os milicianos sequestraram também cerca de 240 pessoas, segundo as autoridades israelenses.

Os bombardeios de represália de Israel provocaram mais de 8.300 mortos em Gaza, incluindo 3.457 crianças, segundo o último balanço das autoridades de Saúde do território palestino, governado pelo Hamas desde 2007. Israel descarta cessar-fogo e avança para o coração da Faixa de Gaza

A “nova fase” da guerra, anunciada pelo ministro da Defesa israelense no sábado (28), aumenta a preocupação de uma escalada regional. Na fronteira com o Líbano, multiplicam-se os enfrentamentos com o grupo Hezbollah.

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, afirmou, em uma entrevista à AFP, que estava fazendo o possível para evitar que seu país entrasse “na guerra”. A violência também aumenta na Cisjordânia ocupada, onde a Autoridade Palestina reportou 120 mortos desde 7 de outubro.

Na Faixa de Gaza, cerca de 2,4 milhões de palestinos enfrentam a falta de água, comida, medicamentos e combustível. O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou preocupação com a “punição coletiva” que está sendo aplicada aos palestinos neste domingo, afirmando que a situação está se tornando cada vez mais desesperadora.