IBGE registra recorde no número de contribuintes na Previdência

IBGE registra recorde no número de contribuintes na Previdência O IBGE descobriu que a situação financeira da Previdência Social

IBGE registra recorde no número de contribuintes na Previdência O IBGE descobriu que a situação financeira da Previdência Social

IBGE registra recorde no número de contribuintes na Previdência

O IBGE descobriu que a situação financeira da Previdência Social é aparentemente contraditória. Apesar do fato de que o número de contribuintes brasileiros nunca foi tão alto, isso não resolve o desequilíbrio nas contas.

Atualmente, Davi Almeida Mesquita tem acesso a uma segurança que se estende além do capacete. Ele viaja de moto pelo Rio de Janeiro há três meses com a tranquilidade de quem tem carteira assinada. O emprego formal faz muita diferença para quem se arrisca no trânsito e corre contra o tempo para fazer as entregas na farmácia onde trabalha.

“Sofri um acidente. Trabalhava por conta própria, entendeu? Eu tive que me virar com os recursos que eu tinha. Era minha família, meus amigos. Eu estou contribuindo para a Previdência e, qualquer coisa, posso vir a ser amparado”, diz o entregador.

O número de trabalhadores com registro no setor privado está maior: 1,1 milhão a mais de 2022 para cá. Só um restaurante no Rio contratou 30 funcionários com carteira assinada em 2023. Mais gente com registro trabalhando, mais gente contribuindo para a Previdência Social.

O principal motivo pelo qual o Brasil bateu um recorde em número de trabalhadores contribuindo para o INSS é esse aumento no número de empregos com registro no país.64,3 milhões de empregados destinaram uma parcela do salário para o INSS no terceiro trimestre de 2023. Esse levantamento representa o maior contingente registrado desde o início do levantamento do IBGE em 2012.

“Como a pandemia saiu do radar, quem vai ditar o ritmo dessa recuperação do emprego é a atividade econômica. Com uma atividade econômica mais forte e com menos incerteza, ajuda aí que tenha mais contratação principalmente pelo lado formal. Acaba sendo bom para o governo, porque acaba tendo mais pessoas contribuindo para o próprio programa previdenciário, mas também para as próprias pessoas, que acabam tendo alguma proteção social para alguma necessidade no futuro”, afirma Rodolpho Tobler, economista FGV Ibre.

 

Embora o aumento na contribuição seja um bom sinal, não resolve o déficit da Previdência, que já está em R$ 248 bilhões em 2023.Em 2019, a reforma da Previdência estabeleceu a idade mínima para aposentadoria e aumentou o valor da contribuição para pessoas com salários mais altos. Tudo isso foi feito para tentar reduzir essa disparidade. Segundo José Márcio Camargo, economista, isso ainda não foi suficiente.

“A reforma da Previdência foi super importante. Você tinha, em geral, as despesas da Previdência Social cresciam entre 5% e 6% ao ano. Depois da reforma da Previdência, essas despesas estão crescendo 1,2%, 1,3% ao ano. É uma queda significativa, mas continua crescendo. Você tem que conseguir um modelo que faça com que o aumento de receita seja maior que o aumento da despesa. Aí você vai gerar o equilíbrio lá na frente”, afirma.

Laurent Santos do Nascimento está olhando para a frente. Para quem já trabalhou como auxiliar de pedreiro ou entregador, o emprego como assistente de barman é o começo de uma nova etapa na vida. Bicos sem garantia Ele está contribuindo com sua parte agora e espera um futuro melhor.

“Você tendo a carteira assinada, você tem uma segurança. Aí vem o alívio, aí vem a felicidade”, afirma o assistente de barman Laurent Santos do Nascimento.

 

AliançA FM

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