Governo gastou cerca de R$ 6 milhões para capturar fugitivos do presídio de Mossoró
Governo federal gastou R$ 6 milhões ao longo dos 50 dias de buscas aos dois presos que fugiram na penitenciária federal de Mossoró e foram recapturados nesta quinta-feira (4). A caçada custou, em média, R$ 121 mil por dia.
Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Tatu ou Deisinho, foram presos com mais quatro pessoas, em três carros, numa ponte sobre o rio Tocantins, nas proximidades da cidade de Marabá (PA), a cerca de 1.600 km do local da fuga pelo trajeto mais rápido de carro entre os dois municípios (1.300 km em linha reta).
O Ministério da Justiça montou uma força-tarefa especial. Ao todo, foram empenhados cerca de 500 agentes, entre PF, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional. Os valores são separados por força de segurança.
Como foram as buscas
Inicialmente, agentes federais e estaduais concentraram as buscas num raio de 15 km de distância do presídio. O ministro Ricardo Lewandowski anunciou em 19 de fevereiro o emprego de mais cem agentes da Força Nacional. A corporação saiu da área em 29 de março.
Secretarias da Segurança de três estados anunciaram que estavam atuando juntas para fiscalizar divisas. Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará aumentaram o policiamento terrestre e aéreo da região. A Interpol também foi alertada.
Roupas e pegadas foram encontradas por equipes da força-tarefa dois dias depois da fuga. Calçados e camisetas suspeitas foram localizados em uma área rural de Mossoró. Com isso, as buscas se intensificaram na região.
No total, 14 pessoas foram presas por suspeita de ajudar os fugitivos — incluídos os quatro homens detidos na captura de ontem e os dois fugitivos. Na primeira semana de buscas, duas pessoas foram presas em flagrante e outra preventivamente. Em 22 de fevereiro, a PF cumpriu nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró, Quixeré (CE) e Aquiraz (CE).
Presos voltam para Mossoró
Após a captura, Lewandowski afirmou que os dois voltarão para Mossoró. Eles ficarão separados na cadeia, que foi “totalmente reformulada”. “Haverá inspeção diária e a direção foi trocada. De lá, certamente não se evadirão [de novo]”, afirmou o ministro em entrevista no Palácio da Justiça, após a captura.
Reformas nas unidades federais. Segundo o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, não só a unidade de Mossoró como as outras quatro prisões federais passaram por reformas desde a fuga. “Trocamos o sistema de iluminação e 10 mil câmeras foram adquiridas”, afirmou o secretário. “O sistema penitenciário federal não é mais o mesmo desde a data [da fuga].”
Prazo para captura dos fugitivos foi razoável, segundo o ministro. “Diria que segue os paradigmas internacionais de localização de fugitivos de penitenciárias. Não chegamos a dois meses. Um país de dimensões continentais, o local onde eles se refugiaram era um local de mata”, disse Lewandowski, sobre as dificuldades nas buscas.
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Governo gastou cerca
AliançA FM