Fiocruz: pandemia não acabou e a desigualdade na vacinação preocupa

Fiocruz: pandemia não acabou e a desigualdade na vacinação preocupa

 

O último boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz, divulgado nesta sexta-feira (29), aponta que o cenário atual é favorável e os principais indicadores seguem em queda, mas a pandemia ainda não acabou. Os especialistas chamam a atenção para a desigualdade nos índices de vacinação entre estados e municípios.

“Mantido o atual padrão, espera-se para as próximas semanas a tendência de redução também dos indicadores que mais preocupam a população e os serviços de saúde: a mortalidade e a internação em UTI por Covid-19”, complementa a Fiocruz.

Para contribuir com uma melhora ainda mais significativa no cenário da pandemia, a Fiocruz recomenda “políticas e ações para a ampliação da vacinação nos estados e municípios que apresentam menor cobertura, assim como campanhas estimulando a vacinação nos diversos meios de comunicação”.

Outras medidas também são indicadas, como a exigência do passaporte da vacina em prédios públicos e locais de trabalho, e o uso de máscaras em situações de aglomerações e ambientes pouco ventilados.

Boletim reforça também a importância da vacinação contra a influenza para o público-alvo da primeira etapa, compreendido por pessoas de 60 anos ou mais, assim como trabalhadores da saúde. A segunda etapa da campanha de vacinação contra a influenza será iniciada em 3 de maio.

Os cientistas ressaltam ainda que a pandemia não acabou e os riscos continuam presentes. Eles orientam que a transição para as próximas fases deve vir acompanhada de planos e planejamento de curto, médio e longo prazos. Assim, no webinar realizado em 20 de abril pelo Observatório Covid-19 Fiocruz, que reuniu especialistas na área, foram sintetizadas recomendações, considerando que ainda existe uma pandemia em curso, mas com cenários bastantes distintos das fases anteriores, e com desafios futuros.

Entre as recomendações estão fortalecer a capacitação das equipes de epidemiologia de campo e de laboratório para o aprimoramento da investigação etiológica; a introdução de estratégias de vigilância de Síndromes Respiratórias Agudas (SRG) integrando a Covid-19; e reforço da vigilância genômica para a detecção e caracterização de novas variantes.

AliançA FM

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