Entidades alertam risco de desabastecimento de suprimentos

Entidades alertam para ameaça de desabastecimento de suprimentos

 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu alerta hoje para o risco de desabastecimento na cadeia de suprimentos de saúde caso o bloqueio e a interrupção parcial no trânsito de rodovias não seja interrompido.

Em ofício enviado aos ministérios da Saúde, Casa Civil e Justiça, o órgão diz que “já preocupa o risco de desabastecimento”.

O mesmo documento, assinado pelo diretor-presidente Antônio Barra Torres, também enviado ao MPF (Ministério Público Federal), ao STF (Supremo Tribunal Federal), ao Conass (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde) e ao Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).

“É mister assegurar o ir e vir de pessoas e cargas, como fator sustentador de uma oferta constante e fluida de produtos e serviços de saúde, num cenário sanitário, ainda com incertezas”, afirma a agência reguladora.

Deste modo, solicitamos especial atenção, a fim de que se possa manter e garantir o livre acesso da população a insumos de saúde.”

Rodovias federais seguem bloqueadas. Segundo boletim divulgado às 6h27 desta quarta-feira (2) pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), os bloqueios e interdições parciais de rodovias federais ainda são 167, apesar da redução de 24 ocorrências durante a madrugada.

Na comparação com informações divulgadas às 23h40 de ontem pela corporação, quando os bloqueios e interdições eram 191, houve diminuição no número de ocorrências nos seguintes estados: Bahia, Ceará, Espirito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo. Por outro lado, foi registrado aumento no Acre, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Ainda de acordo com a PRF, o total de manifestações desfeitas desde o início das atividades da corporação foram de 563.

Em nota, a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) informou que o presidente da entidade, João Galassi, já pediu apoio a Bolsonaro para lidar com as dificuldades de abastecimento que os supermercadistas já começam a enfrentar “em função da paralisação dos caminhoneiros”.

Galassi deve fazer um pronunciamento à imprensa por volta das 14h30.

Veja o que disseram as entidades de diversos setores da economia:

SUPERMERCADOS

“O presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), João Galassi, pediu apoio ao presidente Jair Bolsonaro a respeito das dificuldades de abastecimento de suprimentos que já começam a enfrentar os supermercadistas em função da paralisação dos caminhoneiros nas estradas do país. O presidente da Abras, João Galassi, fará um pronunciamento a respeito dos efeitos da paralisação no setor supermercadista ainda nesta terça-feira por volta das 14h30.”

COMBUSTÍVEIS

“A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) aguarda a liberação das estradas pelos caminhoneiros o mais breve possível, em prol do restabelecimento da normalidade do abastecimento de suprimentos nacional. A Fecombustíveis entende que o direito à manifestação não pode estar à frente do bom-senso, podendo causar prejuízos à economia do país e à liberdade de ir e vir dos cidadãos que estão em trânsito.”

MEDICAMENTOS

Os bloqueios nas rodovias já começam a afetar o transporte de medicamentos. Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo), diz que a entidade recebeu o relato de uma empresa que está com uma carga parada e não consegue entregar os produtos.

Na greve dos caminhoneiros de 2018, o setor conseguiu negociar a liberação dos caminhões que transportavam medicamentos. Desta vez, porém, está com dificuldade de estabelecer um diálogo. “Estamos tentando trabalhar nessa linha outra vez. O grande problema é saber quem é a liderança desse movimento”, explica.

 

AliançA FM

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