Em meio à seca na Amazônia, 110 botos são achados mortos no Lago Tefé (AM), aponta Instituto Mamirauá

Em meio à seca na Amazônia, 110 botos são achados mortos no Lago Tefé (AM), aponta Instituto Mamirauá

Em meio à seca na Amazônia, 110 botos são achados mortos no Lago Tefé (AM), aponta Instituto Mamirauá


Em meio à seca na Amazônia, 110 botos são achados mortos no Lago Tefé (AM), aponta Instituto Mamirauá

Em meio à seca

Com o início da contagem no sábado (23), a situação é considerada crítica para a espécie. A causa será investigada, mas os pesquisadores acreditam que a estiagem e as altas temperaturas são a causa.

O boto-cor-de-rosa, um dos habitantes mais conhecidos da Amazônia, tem sido afetado pela estiagem e pelas altas temperaturas. No Lago Tefé, no Amazonas, foram encontrados ao menos 110 animais mortos em uma semana até sexta-feira (29).

Um dos habitantes mais conhecidos da Amazônia, o boto-cor-de-rosa, tem sido afetado pela estiagem e pelas altas temperaturas. Até sexta-feira (29), pelo menos 110 animais foram encontrados mortos no Lago Tefé, no Amazonas, em apenas uma semana. Em meio à seca Em meio à seca Em meio à seca Em meio à seca Em meio à seca Em meio à seca

A causa das mortes ainda não foi determinada, mas as mortes ocorreram durante uma estiagem intensa que também matou muitos peixes no lago.

A temperatura da água do Lago Tefé, a uma profundidade de três metros, chegou a 40°C, de acordo com os pesquisadores do Mamirauá. A temperatura mais alta registrada na história até então foi de 32 graus Celsius.

“É uma coisa inédita, nunca teve morte de botos assim relacionada com temperatura”, diz Miriam Marmontel, líder dos pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

A última contagem realizada anos atrás mostra que havia entre 800 e 900 botos e 500 tucuxis na área.

Isso significa que o número atual de mortes é extremamente alto porque essas espécies se reproduzem lentamente. Se o problema não for resolvido, a espécie pode chegar a um ponto de não retorno. Ultrapassar esse limite faz com que as mudanças sejam irreversíveis.

Se continuar assim, vão entrar em estado de perigo.

Mortes sem causa aparente

Em um primeiro momento, os pesquisadores descobriram que a maioria dos animais eram filhotes de botos e fêmeas, mas com o tempo, descobriram que havia machos e tucuxis. Isso os confundiu.

Foi surpreendente porque os tucuxis são uma espécie mais frágil e só morreram após o nascimento. A lógica desapareceu.

Isso foi surpreendente porque os tucuxis são mais frágiles e morrem ao nascer. A racionalidade desapareceu.

A melhor explicação é que os animais foram adoecidos por um patógeno que foi propagado pelo aquecimento da água. Além disso, Miriam afirma que, como os botos e tucuxis que ainda estão vivos demonstram comportamento errático e aparência confusa, é provável que haja dano neurológico.

Entre sábado, dia 30, e domingo, dia 1, equipes de outros estados chegarão ao Amazonas para coletar amostras e ajudar no cuidado dos espécimes do lago para salvar os animais restantes enquanto a causa do problema ainda não está clara.

“O primeiro esforço é retirar os corpos dos animais mortos da água, mas com o grande número de animais mortos se tornou impossível. O translado dos botos vivos para outros rios não é seguro, pois além da qualidade da água é preciso verificar se há alguma toxina ou vírus. Estamos mobilizando parceiros para coleta e análise e outras instituições que possuem expertise em resgate de animais”, ressalta André Coelho do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.

Seca na Amazônia

O El Niño e o aquecimento das águas do oceano Atlântico Tropical Norte são os dois fenômenos que causam estiagem na Amazônia.

A região sudoeste da Amazônia, onde está a bacia do Rio Madeira, é a mais afetada pelo Atlântico Tropical Norte, de acordo com Gilvan Sampaio, coordenador-geral de Ciências da Terra do INPE. O Lago Tefé e o Rio Juruá são dois outros locais bastante afetados pela estiagem no Madera que foram retratados por imagens de satélite.

Por ser o rio mais sinuoso do mundo, a situação é mais crítica no Rio Juruá. Ele banha o Acre e o Amazonas, onde nasce no Peru.

Ele tem problemas anteriores com a navegação. Virgílio Viana, superintendente geral da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), diz que muitas cidades estão em estado de emergência por causa disso.

O Porto de Manaus registrou uma vazante do Rio Negro de mais de 30 centímetros por trinta dias consecutivos durante o mês de setembro que ainda não terminou.

Os níveis registrados no rio estão abaixo da faixa normal para o período, de acordo com o boletim de Monitoramento Hidrometeorológico da Amazônia Ocidental divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil em 22 de setembro.

 

 

AliançA FM

 

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