Discussão por politica gera mortes de eleitores

 

Caso que aconteceu no Mato Grosso
Discussão por politica gera mortes de eleitores: O crime aconteceu em uma chácara em Agrovila, zona rural de Confresa, cidade a 1.160 km da capital Cuiabá. Segundo o delegado responsável pelo caso, Victor Oliveira, os dois homens trabalhavam juntos no corte de lenha em uma propriedade e, na noite de 7 de setembro, começaram a discutir sobre política.

didato à Presidência”Alegre, tranquilo e brincalhão”. Assim Paulo Cardoso descreveu o irmão Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, assassinado durante uma discussão por questões políticas, em Confresa, no Mato Grosso. Ele era apoiador do candidato  Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O autor do crime, Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, é apoiador do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

Caso que aconteceu em Foz do Iguaçu

Polícia Civil do Paraná descartou motivação política no ataque a tiros; advogados da vítima criticam investigadores.

Foi revelado que a Polícia Civil do Paraná descartou a hipótese de motivação política no assassinato do guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda – morto há tiros em sua própria festa de aniversário em Foz do Iguaçu (PR).

Em contrapartida, os advogados da família Arruda divulgaram um comunicado criticando o relatório com a conclusão dos investigadores: “cheio de contradições e imprecisões”. Parentes acreditam que a continuidade das investigações apontará a motivação política.

Arruda era membro da direção do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu e tinha a decoração da festa de comemoração dos seus 50 anos em homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT.

 Outros casos que podem gerar violência politicas

A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) conduziu o debate que destacou dados  que mostram que, entre 1998 e 2016, a cada pleito 16 candidatos foram assassinados, sendo que esses casos se concentraram em eleições em municípios com até 50 mil habitantes. Segundo ela, a violência se torna mais grave no caso de candidatas mulheres.

“Quando nós falamos sobre violência política não podemos não comentar a violência política de gênero, que se manifesta desde atitudes que podemos considerar pequenas, mesmo que não sejam, desde as interrupções, o que falam nas fake news, que chegam nas ameaças e que somadas, entre as atitudes e ações que nós vemos direcionadas a candidatas mulheres porque são mulheres, têm um papel muito grande de desestimular e desincentivar, assim silenciando a participação das mulheres na política.”

Leis e políticas públicas dirigidas a assuntos relacionados à violência de gênero merecem reflexão no momento de aplicação e análise. Enquadradas em uma sociedade heterocentrista e patriarcal, sua aplicação não está isenta de dificuldades, armadilhas e lacunas. Este texto, tendo como base de análise a psicologia crítica, estudos de gênero pós-estruturalistas, teoria queer e criminologia crítica, pretende ser um convite a reflexão sobre como estas leis e políticas tem contribuído para construção e permanência de um estereótipo e antinomia homem-maltratador versus vítima-mulher. Para este fim, vemos necessária a ênfase aos processos desde onde os sujeitos produzem gênero. Nossa motivação é contribuir com ferramentas de análise que permitam abrir novas perspectivas para a intervenção jurídica e assistencial. Como reflexões conclusivas, ressaltamos a importância de liberar-se de um discurso dicotômico e linear, de estar atento a relações de poder e considerar diferenças e particularidades descentradas do normativo e de posicionamentos fixos heterocentrados.

“Quando nós falamos sobre violência política não podemos não comentar a violência política de gênero, que se manifesta desde atitudes que podemos considerar pequenas, mesmo que não sejam, desde as interrupções, o que falam nas fake news, que chegam nas ameaças e que somadas, entre as atitudes e ações que nós vemos direcionadas a candidatas mulheres porque são mulheres, têm um papel muito grande de desestimular e desincentivar, assim silenciando a participação das mulheres na política.”

 

AliançA FM

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