Embora a campanha tenha as mulheres como foco principal, qualquer pessoa pode solicitar ajuda no aplicativo de combate violência contra a mulher. Além disso, as farmácias foram estabelecidas como ponto estratégico por terem sido considerados serviços essenciais pelo governo e, portanto, devem funcionar durante a quarentena.
Na prática, o profissional farmacêutico que se deparar com a situação deve dizer ao solicitante que, no momento, o estabelecimento não conta com máscaras vermelhas. Em seguida, deverá anotar os dados da pessoa e dizer que entrará em contato quando o produto estiver disponível. As informações, dessa forma, serão repassadas ao órgão competente. O governo também emitiu uma orientação para que todas as farmácias disponibilizem panfletos da campanha.
Na França, embora de forma muito semelhante, o alarme soa de outra maneira: solicitar uma “máscara 19” significa um pedido de socorro de uma vítima de violência doméstica. Esse protocolo foi estabelecido em março no país.
Christophe Castaner, ministro do interior da França, afirmou que, desde que o país estabeleceu a quarentena como medida de enfrentamento ao novo coronavírus, houve um crescimento de 36% nos atendimentos realizados pela polícia para casos de violência doméstica.
Medidas iguais a essa surgem como alternativa para um conflito de difícil resolução: com a quarentena, vítimas e agressores tendem a estar confinados em um mesmo ambiente – o que dificulta, por exemplo, a realização de uma denúncia por telefone.
Hotéis e apps
O salto dos números de violência influencia ainda outras ações. O governo francês anunciou que iria bancar a estadia de vítimas de violência em um quarto de hotel por pelo menos 20 dias. Propôs, além disso, criar centros de acolhimentos nos estabelecimentos comerciais abertos durante a pandemia, para que as vítimas possam buscar ajuda no app de combate contra a mulher.
No Brasil, a ministra Damares Alves também afirmou que a pasta busca parceria com hotéis para abrigar as vítimas. O governo brasileiro ainda criou um aplicativo de denúncias, no qual é possível, por exemplo, anexar provas (como fotos) da violência. (Com informações GAZETA DO POVO)
AliançA FM