Cães: Fim do shih tzu, pug e buldogue? Projetos de lei quer proibir a criação de cães de focinho curto no Brasil

Cães: Fim do shih tzu, pug e buldogue? Projetos de lei querem proibir a criação de cães de focinho curto no Brasil Dois projetos de

Cães: Fim do shih tzu, pug e buldogue? Projetos de lei quer proibir a criação de cães de focinho curto no Brasil

Dois projetos de lei foram apresentados à Câmara dos Deputados com o intuito de proibir a criação e venda de animais braquicefálicos, notadamente aqueles de focinho curto, como shih tzu, pug e buldogue. Uma das propostas sugere que a violação dessa proibição seja passível de penalidades conforme a Lei de Crimes Ambientais, incluindo pena de prisão de três meses a um ano, além de multa. Importante ressaltar que os tutores atuais dessas raças não seriam afetados pela lei, caso seja aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Executivo.

As justificativas das propostas se baseiam nas condições de saúde desses animais, pois cães braquicefálicos têm mais chances de já nascerem com uma condição chamada Síndrome Braquicefálica, que afeta as vias respiratórias. Isso inclui problemas como narinas estreitas e uma traqueia subdesenvolvida, que é responsável por filtrar, umedecer e direcionar o ar para os pulmões.

 

O projeto de lei pode parecer uma medida preconceituosa e estranha, mas na verdade visa evitar o sofrimento desses animais, uma vez que o cruzamento de cães com focinhos cada vez mais curtos levou a várias transformações físicas das raças e prejudicou sua saúde e condições de vida.- DEPUTADO NILTO TATTO (PT-SP), AUTOR DE UM DOS PROJETOS DE LEI EM TRAMITAÇÃO

 

Na mesma linha, a deputada Duda Salabert (PDT-MG) também propôs um projeto de lei para proibir a criação e comercialização das raças. Ao justificar a proposta, ela menciona a experiência da Holanda, que em 2014 introduziu uma legislação proibindo raças de cães com focinho achatado.

“Muitas vezes, essa forma de criação seletiva ignora os aspectos de saúde e bem-estar do animal e pode levar ao desenvolvimento de características físicas prejudiciais”, afirma a deputada, emendando que as pessoas que já são proprietários de cachorros braquicefálicos não serão afetadas pela lei.

Aparência infantil

A médica veterinária Jaque Sousa explica que essas raças surgiram de criadores que realizavam cruzamentos com o objetivo de produzir cães com focinhos cada vez menores, acreditando que isso os tornaria mais bonitos ou que as pessoas se apegariam mais a eles por terem uma aparência infantil.

Essas práticas são frequentemente rotuladas como “melhoramento genético”, mas, no caso desses cães, resultaram no que a comunidade veterinária chama popularmente de “pioramento genético”.

No caso do projeto de lei do deputado Nilton Tatto, ainda se aguarda um despacho da Câmara dos Deputados para dar continuidade ao processo. Quanto à proposta de Salabert, essa foi incluída em outro projeto de lei datado de 2007, que estabelece o Código Federal de Bem-Estar Animal. No entanto, desde então, essa proposta está à espera da formação de uma comissão para análise.

Veja Também: Apanhou até morrer; Mãe mata filha e esconde corpo dentro de mala em SC

Cães: Fim do shih tzu

AliançA FM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *