Brasileira que pode ser condenada à pena de morte é interrogada na Indonésia
O interrogatório da brasileira Manuela Vitória de Araújo Farias, presa em janeiro deste ano por tráfico de drogas na Indonésia, aconteceu na madrugada desta terça-feira (9). Segundo o advogado Davi Lira da Silva, a mulher respondeu aos questionamentos e agora, a expectativa é que a sentença saia em 16 de maio.
Manuela, que partiu de Florianópolis para Bali com a cocaína, pode ser condenada à pena de morte, conforme a legislação do país asiático.
“Manuela respondeu os fatos como aconteceram, a defesa segue confiante, apesar de não sabermos qual será o teor da sentença vindoura”, disse Lira.
O julgamento de Manuela na Indonésia teve início em abril, dois meses após ela ser indiciada por tráfico. A brasileira tem 19 anos e foi detida com aproximadamente 3 quilos de cocaína.
Além da pena de morte, segundo o Ministério das Relações Exteriores, quem for flagrado com drogas na Indonésia, em qualquer quantidade, pode ser sentenciado a vários anos de prisão ou detenção perpétua. A mulher está no Presídio Feminino de Kerobokan.
Advogado Davi Lira da Silva, que acompanha o caso dela no Brasil, afirmou que está confiante que Manuela consiga uma pena menor, como prisão por alguns anos, por exemplo. Na Indonésia, Manuela também tem apoio de outro advogado.
O que diz a defesa
Segundo Lira, a brasileira Manuela foi usada como ‘mula’ para levar a droga ao país, além de ter sido enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe.
A mulher foi indiciada por tráfico de drogas em 27 de janeiro. Após ser presa, ela conseguiu contato com familiares após o auxílio da Embaixada do Brasil no país.
Manuela tem residência em Santa Catarina, estado onde vivia a mãe, e no Pará, onde o pai mora. Conforme o advogado, ela atuava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries no Brasil. ( Com