Brasil registra 237 mortes por homofobia em 2020

O beijo é uma das maiores demonstrações de afeto é considerado um dos símbolos do amor, mas este ato quando protagonizado por pessoas do mesmo sexo ainda gera o sentimento oposto, o de ódio, foi o que aconteceu com um jovem que prefere não se identificar, mas conta que “após beijar um outro rapaz, em um show realizado em Brasília, os dois foram perseguidos e agredidos pelos seguranças do evento”. Ele também conta que não recebeu apoio dos policiais. “O policial riu e pediu que a gente entrassem em acordo, porém eu disse que não, e nesse momento o segurança me deu outro tapa no rosto e o policial não fez nada”, relata o rapaz.

Este é mais um caso de homofobia, como explica a ativista LGBT, Ruth Venceremos.

Nós estamos falando de um ato de ódio ou rejeição contra pessoas LGBT em razão da orientação sexual ou identidade de gênero. É um crime de ódio. Um crime de ódio que está previsto em nosso ordenamento jurídico a partir da decisão do STF, proclamada em 13 de junho de 2019, diz a ativista.

O Supremo Tribunal Federal enquadrou a homofobia como crime de racismo. A pena pode chegar a cinco anos de prisão e multa. Mesmo com a criminalização a militante conta que os casos de discriminação são frequentes.

É muito comum, infelizmente, esse tipo de agressão e violência física contra gays, quando se trata de manifestação de afeto nesses espaços. É uma forma permanente de tentar silenciar nossa existência, uma forma de tentar nos cláusular, nos devolver para os ‘armários’ da vida, ressalta Ruth.

No ano passado 237 pessoas foram mortas por homofobia em todo Brasil, os dados são do grupo gay da Bahia, que divulga o relatório anual de mortes de LGBT a mais de 40 anos. Esta segunda-feira, 17 de maio, é dia internacional contra a homofobia, a data foi criada para dar visibilidade ao problema e cobrar soluções.

AliançA FM

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