Amazônia: desmatamento atinge um dos maiores índices

Amazônia: desmatamento atinge um dos maiores índices

O desmatamento na região Amazônica teve o terceiro pior outubro desde 2015, conforme dados do Deter, programa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Ao todo, foram derrubados 813,2 km² de mata nativa.

Desde o começo do ano, os números da destruição do bioma têm aumentado exponencialmente, tendo o meio ambiente se tornado um assunto sensível ao governo do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL).

Os números foram divulgados às vésperas da COP27, encontro da ONU que discute as mudanças climáticas.

Os dados do Prodes de desmatamento, programa do Inpe que mede a destruição anual da região, deve ser divulgado nos próximos dias.

No ano passado, o governo do ex-capitão apenas divulgou o balanço anual após o encontro da COP26 para evitar o assunto.

Os maiores índices de desmatamento amazônico foram registrados durante o governo Bolsonaro, que tenta minimizar a importância dos dados, acusando o Inpe de estar a serviço de outros interesses.

Durante o começo do mandato, o ex-capitão pediu a exoneração de Ricardo Galvão, chefe do Instituto, após a divulgação de um balanço negativo para a gestão federal.

Bolsonaro continua a afirmar que a maior parte da floresta Amazônica estaria intocada, o que não representa a realidade.

O candidato derrotado distorceu e usou de dados imprecisos para afirmar que o desmatamento e as queimadas cresceram mais em outros governos.

Enquanto as gestões anteriores adotaram medidas para derribar os níveis de destruição ambiental, durante o governo de Bolsonaro os índices bateram recordes atrás de recordes, registrando mais de 10 mil km² de mata destruída por ano.

Desmatamento na Amazônia

O desmatamento na Amazônia teve início durante a década de 1970.

A construção de grandes obras de infraestrutura, a especulação com terras e a instalação de atividades econômicas como a agropecuária e a mineração estão entre as causas do desmatamento.

A intensificação das queimadas na Amazônia acontecem junto ao aumento das taxas de desmatamento.

Os picos de desmatamento na Amazônia aconteceram em 1995 e 2004, quando respectivamente 29 mil e 27 mil km² de área tiveram a cobertura vegetal removida.

A década de 1990 ficou marcada pela oscilação nas taxas de desmatamento, que caminharam junto das transformações na economia brasileira.

O período que se estende de 2004 e 2015 foi marcado pela queda geral dos índices de desmatamento.

O Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), de 2004, foi um dos principais responsáveis por essa queda.

Foi a partir de 2017 que a curva do desmatamento voltou a subir de forma contínua, o que se tornou motivo de preocupação das comunidades nacional e internacional.

A flexibilização das leis ambientais é uma das causas para o aumento da área desmatada.

O desequilíbrio ambiental, a perda de biodiversidade em larga escala e a intensificação das mudanças climáticas são algumas das consequências do desmatamento na Amazônia.”

 

AliançA FM

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