Acesso às armas gera escalonamento da violência no País

Acesso às armas gera escalonamento da violência no País

Driblando a necessidade de o Congresso aprovar novas leis, foram editados mais de 30 atos normativos, como portarias e decretos presidenciais, para desburocratizar e ampliar o acesso a armas e de munição que podem ser adquiridas por cidadãos comuns e por aqueles que têm registro de CAC (colecionador, atirador e caçador), assim como liberar a essas pessoas o acesso a armamentos de maior potencial ofensivo, como fuzis.

Na iniciativa mais recente, quatro decretos presidenciais foram publicados na noite de sexta-feira (12/02) elevando a quantidade de armas que um cidadão comum pode comprar de quatro para seis (em 2019 já havia passado de duas para quatro). Além disso, atiradores agora foram autorizados a adquirir até 60 armas e caçadores, até 30, sendo exigida autorização do Exército apenas quando essas quantias foram superadas. O volume de munições que pode ser comprado por essas categorias também subiu para 2.000 no caso de armas de uso restrito e 5.000 para armas de uso permitido.

Embaladas pelo discurso da família presidencial de forte apologia ao uso de armas, essas ações têm dado resultados. Estatísticas da Polícia Federal e do Exército órgãos responsáveis pelo registro de armamentos mostram que os brasileiros estão se armando como nunca antes.

Segundo dados obtidos pela BBC News Brasil, os novos registros de CAC concedidos pelo Exército bateram recorde em 2019 e 2020, somando 178.721, quantidade que supera todos os registros liberados nos dez anos anteriores (2009 a 2018).

AliançA FM

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