Governador do PA fala sobre medidas restritivas e diz que rede privada de saúde não suporta mais atendimentos

Segundo Helder Barbalho, do MDB, “sistema público de saúde é quem está garantindo”.

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse neste domingo (14) à Globonews que a rede privada de saúde já não suporta a demanda, transferindo pacientes para o sistema público, que é “quem está garantindo os atendimentos” no estado. No entanto, ele disse que a rede estadual está “muito próximo do limite” e que a cada abertura de novos leitos para Covid-19, a ocupação ocorre de forma muito rápida.

Barbalho também trouxe mais informações sobre o anúncio de medidas mais restritivas de circulação, que devem começar a partir das 21h da próxima segunda (15) em cinco municípios da região metropolitana de Belém, incluindo a capital, Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara e Benevides.

Ainda segundo o governador, a classificação preta, de alto risco de contágio pelo novo coronavírus, nos cinco municípios foi tomada considerando as que estão mais próximas da capital, com maior densidade populacional e onde estão as maiores estruturas de saúde do estado.

As novas regras ainda não foram publicadas no Diário Oficial do Estado, mas segundo o anúncio, somente atividades consideradas essenciais devem continuar. Até então, o governo entende que há 65 atividades essenciais.

“Os hospitais privados já não estão mais garantindo, os planos de saúde já estão fazendo contato com o sistema público para encaminhar os seus pacientes, ao tempo que verificamos essa gravidade temos que valorizar o Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou.

Segundo o governador, o Pará está há vinte dias com medidas restritivas, “lutando para não permitir que a saúde não venha a colapsar, que não tenha fila de espera para leitos e para que o sistema de saúde seja capaz de atender”.

“Estamos iniciando nova etapa, aumentando ainda mais as restrições, indo para o bandeiramento preto em que só estarão permitidas as atividades essenciais, destacando supermercados, farmácias, serviços de saúde e atividades vinculadas à segurança pública”, anunciou. Ainda segundo ele, cidadãos que trabalharem em atividades essenciais deverão portar comprovantes para evitar que sejam autuados ou multados.

“Estamos dando este prazo até 21h de segunda para que as pessoas possam se adaptar, conciliar as suas necessidade e organizar minimamente suas vidas. É uma medida drástica, mas fundamental. Por isso, estaremos nas próximas 48 horas, a partir do início do decreto, fazendo medidas de orientação, além de campanha publicitária, para que todos possam saber aquilo que pode, aquilo que não pode, e a partir disso, aqueles que continuarem a infringir o decreto, nós seremos obrigados a fazer o cumprimento através de notificações, infrações e multas”.

Ocupação de leitos

O Pará registrava, até o boletim divulgado no último sábado (13), ocupação de 59% dos leitos clínicos e 82% das Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Sobre as taxas, o governador Helder disse que estão sendo abertos leitos diariamente, mas que eles acabam sendo imediatamente ocupados. “Mesmo aumentando (a oferta de leitos) a ocupação não abaixa, o que nos leva a crer que ao tempo que não tiver oportunidade de abrir novos leitos, (…) somos obrigados a privar atendimento a outras enfermidades com atendimento já planejado para focar no atendimento emergencial”.

A partir de segunda (15), o governo vai suspender todas as cirurgias eletivas do sistema estadual de saúde.

“Se não houver freio nestas demandas estaremos logo logo com o colapso do sistema de saúde não teremos capacidade de oferecer atendimento a quem precise, teremos fila e exatamente para evitar que isso venha a acontecer, que estamos tomando as medidas restritivas dentro do planejamento que o comitê cientifico e as orientações técnicas nos subsidiam e nos orientam a fazer”, afirmou.

Por: G1 PA

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