Ataque do Hamas seria resposta às ações de Israel

Israel diz que hospital não sofreu 'impacto direto' de ataque e acusa Hamas de aumentar número de vítimas Esta quarta-feira (18), as Força

Ataque do Hamas seria resposta às ações de Israel Militantes israelenses afirmam que o ataque inesperado do Hamas no sábado (7/10) pode ser

Ataque do Hamas seria resposta às ações de Israel

Militantes israelenses afirmam que o ataque inesperado do Hamas no sábado (7/10) pode ser comparável aos ataques terroristas contra os Estados Unidos em 2001.

Esta é nossa data de 11 de setembro. Um porta-voz das forças armadas do país disse: “Eles nos pegaram”. Outro militar comparou as coisas recentes ao ataque de Pearl Harbor de 1941.

De acordo com Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, todas as comunidades perto da barreira de Gaza foram recuperadas pelos militares, mas ainda há confrontos isolados com homens armados palestinos.

Anteriormente, os militares afirmaram que os combates estavam ocorrendo em “sete ou oito” locais no território israelense.

A Autoridade Palestina informou que os ataques aéreos de Israel em retaliação mataram 511 pessoas em Gaza.

Israel afirma que “a maioria” dos pontos de acesso de Gaza a Israel foram fechados, principalmente por tanques.

Yoav Gallant, o ministro da Defesa de Israel, ordenou um “cerco completo” na Faixa de Gaza: Ele afirmou: “Sem eletricidade, sem comida, sem combustível.”

Existem relatos de que algumas cidades israelenses foram atingidas por mísseis disparados de Gaza. Em Jerusalém, houve algumas explosões.

O início do conflito

Dezenas de homens armados do grupo palestino Hamas invadiram o sul de Israel a partir da Faixa de Gaza nas primeiras horas do sábado (7/10), que marca o final do feriado judaico de Sucot.

As invasões foram feitas por terra, mar e ar com o auxílio de parapentes.

Além disso, foram documentados milhares de disparos de foguetes provenientes da região de Gaza, controlada pelo Hamas.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, postou um vídeo nas redes sociais dizendo que o país estava “em guerra” logo após os ataques.

O ministro da Defesa de Israel afirmou que o Hamas “cometeu um grave erro e lançou uma guerra” contra si mesmo.

“As tropas [israelenses] estão lutando contra o inimigo em todos os locais”, acrescentou Yoav Gallant. “O Estado de Israel vencerá esta guerra.”

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou brevemente que os palestinos têm o direito de se defender contra o “terror dos colonos e das tropas de ocupação”.

Retaliação e reféns

Israel lançou vários ataques aéreos na Faixa de Gaza em resposta à ação do Hamas.

As últimas informações divulgadas pelas autoridades palestinas indicam que quase 500 pessoas foram mortas como resultado da resposta israelense.

Os militares israelenses podem continuar suas operações por terra em Gaza.

Os reféns são uma complicação para essas ações. Mais de 100 civis e militares foram capturados pelos combatentes do Hamas e mantidos em cativeiro, segundo números divulgados pelas forças armadas de Israel.

As pessoas capturadas, de acordo com Saleh al-Arouri, vice-chefe do gabinete político do Hamas, incluem “oficiais de alta patente” do Exército de Israel.

Ele disse ao canal Al Jazeera que “o que está em nossas mãos libertará todos os prisioneiros” em Israel — uma aparente referência a palestinos detidos em prisões israelenses.

“Há muitos palestinos mortos e muitos israelenses mortos, bem como prisioneiros, e a batalha ainda está no auge”, disse al-Arouri.

O porta-voz também declarou que o Hamas está pronto para enfrentar uma incursão terrestre israelense em Gaza, que ele descreveu como “o melhor cenário para resolvermos o conflito contra o inimigo”.

Além dos ataques aéreos em Gaza, os militares israelenses dizem ter retomado o controle de sete ou oito áreas que foram invadidas pelos combatentes palestinos.

Refugiados

As Nações Unidas afirmam que 123.538 pessoas foram deslocadas para Gaza principalmente “devido ao medo, às preocupações com a proteção e à destruição das casas”.

Além disso, o Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) informou que 73 mil pessoas estão sendo mantidas em escolas.

O porta-voz da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), Adnan Abu Hasna, espera que o número aumente.

“Há eletricidade nestas escolas e estamos fornecendo alimentação, água potável, apoio psicológico e tratamento médico”, afirmou ele.

Existem 2,3 milhões de palestinos vivendo em Gaza. Antes de lançar os ataques aéreos de retaliação no sábado, Israel alertou as pessoas que viviam em certas áreas para deixarem suas casas.

“Digo ao povo de Gaza: saiam daí agora, porque estamos prestes a agir em todos os lugares com toda a nossa força”, afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no sábado (7/10).

Reação internacional

Os líderes mundiais reagiram de diferentes maneiras ao ataque do Hamas e à retaliação de Israel:

Estados Unidos: o presidente Joe Biden afirmou que o apoio de seu país a Israel é “sólido e inabalável”. Os EUA enviaram navios e aviões para a região e disseram que enviarão munições adicionais para Israel.

Reino Unido: o primeiro-ministro Rishi Sunak prometeu “apoio constante” a Benjamin Netanyahu. “Faremos tudo o que pudermos para ajudar. O terrorismo não prevalecerá”, discursou ele.

Irã: o presidente Ebrahim Raisi disse que o Irã apoia o direito dos palestinos à autodefesa e alertou que Israel deve ser responsabilizado por colocar a região em perigo ao longo dos anos. O Hamas é apoiado pelo Irã.

Líbano: o Hezbollah, um poderoso grupo armado também apoiado pelo Irã, trocou tiros e foguetes com Israel no domingo. Isso suscitou receios de um conflito mais amplo entre Israel e os seus Estados oponentes.

China: Pequim apelou a ambos os lados para “cessarem fogo imediatamente”. A mídia estatal reiterou a “solução de dois Estados”, que inclui o estabelecimento de um Estado independente da Palestina.

Rússia: o Ministério das Relações Exteriores apelou a um “cessar-fogo imediato” e a negociações para “uma paz abrangente, duradoura e há muito esperada”.

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse estar “chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas”.

“Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas.”

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil divulgou uma nota em que “condena a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza”.

“O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina. Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão.” Ataque do Hamas seria resposta Ataque do Hamas seria resposta 

“O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão Israel -palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”, conclui o texto.

O MRE informou que, em uma atualização mais recente sobre a situação dos brasileiros na região, “a embaixada em Tel Aviv identificou, até o presente momento, três brasileiros desaparecidos e um ferido, todos binacionais, que participavam de festival de música no distrito sul de Israel, a menos de 20 km da Faixa de Gaza”.

Hoje, o brasileiro ferido, que também é binacional, foi liberado do hospital e se encontra em bom estado de saúde. Ataque do Hamas seria resposta Ataque do Hamas seria resposta

A nota conclui dizendo: “Até agora, a Embaixada em Tel Aviv colheu os dados de cerca de mil nacionais e seus dependentes, a maioria dos quais turistas, hospedados em Tel Aviv e Jerusalém, por meio de formulário online.”

 

 

AliançA FM

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