Fim do monopólio de energia pode reduzir conta de luz em 18%
Uma pesquisa Data folha mostra que oito em cada 10 brasileiros querem ter o direito de escolher o fornecedor de energia elétrica.
O principal objetivo, apontado por 63%, é buscar melhores preços. Depois, fontes renováveis.
De acordo com a Abraceel, Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, a estimativa é de que a modalidade gere uma redução de até 18% na conta de luz.
O presidente executivo da entidade, Rodrigo Ferreira, aponta que os consumidores tiveram outras vantagens em países onde a modalidade já existe:
“Na Europa, por exemplo, você entra em sites de comparação de produtos e encontra produtos que te vendem energia associada a combustíveis a gás, energia associada a clubes de milhagem, a cashback, a eletricista gratuito, a seguros e coisas do gênero”.
Segundo a pesquisa da Abraceel, 54% dos brasileiros acreditam que a portabilidade faria o preço da energia cair.
O ex-presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Rui Altieri, pondera que essa não é uma garantia, mas que o consumidor terá a possibilidade de avaliar o que for melhor:
“Ele vai ter um cardápio: energia de fonte eólica e solar com duração de três anos, o preço é tanto. Energia térmica e hidrelétrica de 20 anos, o preço é tanto. Mas isso é a gosto do freguês”.
No ano que vem, o mercado livre de energia vai ser aberto a empresas que gastam pelo menos 10 mil reais por mês. Um projeto de lei na Câmara ainda discute como ampliar o modelo para os demais clientes.
O pesquisador Diogo Lisbona, do Centro de Estudos e Regulação em Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas, lembra que, como alternativa, o pequeno consumidor já pode gerar energia solar e abater o que não consumir da conta de luz:
“Ele está contornando a contratação de energia da distribuidora num esquema de compensação de energia que ainda é muito vantajoso. E é uma resposta que ele pode dar a uma tarifa elevada; aderir a uma geração distribuída”.
Diogo Lisbona considera a geração solar vantajosa mesmo com o fim da isenção da tarifa do uso da rede de distribuição para adesões feitas a partir de 6 de janeiro deste ano. Fim do monopólio de energia Fim do monopólio de energia
Os custos de instalação do equipamento variam de R$ 15 mil a R$ 33 mil conforme a região e o consumo de energia. O retorno do investimento acontece após seis anos. ( com informações CBN )
AliançA FM