Empresário que se filmou durante invasão ao Planalto é preso pela PF

Lucimário Benedito Camargo, empresário e ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Verde (GO), foi preso pela PF

 

Lucimário Benedito Camargo, empresário e ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Verde (GO), foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (3/2) por suspeita de envolvimento nos atos violentos promovidos por bolsonaristas em 8 de janeiro, com a invasão e depredação dos edifícios dos Três Poderes. A detenção integra a operação Lesa Pátria.

Lucimário, que é mais conhecido como Mário Furacão, gravou um vídeo dele mesmo dentro do Palácio do Planalto, durante a invasão e depredação do poder executivo. Na gravação, ele aparece enrolado em uma bandeira do Brasil.

“Brasileiro só subindo a rampa, entrando cada vez mais e os soldados tacando bomba no povo, covardes. O poder emana do povo, o povo não vai sair, o povo não vai deixar ladrão governar o país, narcotraficante e muito menos comunista”, afirmou o empresário na gravação.

A defesa do empresário informou que a prisão dele “mostra-se totalmente desnecessária, uma vez que nosso cliente sempre esteve disposto a colaborar com a Justiça”. Ressaltou ainda que Lucimário “jamais compactuou com qualquer ato de violência e estava em Brasília no dia 08/01 para uma manifestação pacífica, não tendo qualquer relação com os vândalos que atentaram contra os prédios dos três poderes”.

A operação faz parte de uma investigação sobre os seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração de bem especialmente protegido.

A prisão de Mário Furacão faz parte da 4ª fase da Operação Lesa Pátria. A PF cumpre três mandados de prisão e 14 de busca em Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, São Paulo e Distrito Federal.

Os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e miram endereços em Rondônia, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso e no Distrito Federal.

Os alvos da operação são investigados por seis crimes:

– Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

– Golpe de Estado;

– Dano qualificado;

– Associação criminosa;

– Incitação ao crime;

– Destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

 

 

AliançA FM

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