Onda de covid na china pode gerar novo surto mundial

Onda de covid na china pode gerar novo surto mundial desde o início de dezembro. Nos primeiro 20 dias do mês, calcula-se que até 248 milhões

 

Onda de covid na china pode gerar novo surto mundial desde o início de dezembro. Nos primeiro 20 dias do mês, calcula-se que até 248 milhões de pessoas, ou cerca de 18% da população chinesa, tenham sido infectadas pelo coronavírus.

Os dados são da NHC (Comissão Nacional de Saúde, em inglês) que foi divulgado na 4ª feira (21.dez). As informações são da Bloomberg.

Mas o crescimento avassalador de casos de Covid-19 na China, depois que o país fez uma suspensão brusca de sua política de “Covid zero”, pode levar ao surgimento de novas subvariantes do vírus, mais contagiosas, e também desencadear, em breve, uma nova onda de casos no Brasil.

Se o número for confirmado, a taxa de infecção superaria o recorde diário mundial que então era cerca de 4 milhões, estabelecido em janeiro de 2022.

Mais da metade dos moradores da província de Sichuan, no sudoeste da China, e de Pequim foram infectados.

Oficialmente, a nova onda na China registrou 2.966 novos casos na 4ª feira (21.dez) e menos de 10 mortes por covid desde o início do mês.

O número contrasta com os crescentes relatos de que os hospitais estão sobrecarregados e os crematórios estão funcionando muito além da sua capacidade máxima.

Calcular as taxas precisas de infecção têm sido difícil depois da substituição de testes de laboratório por testes caseiros.

Porque a população chinesa têm utilizado testes rápidos de antígeno para detectar o vírus e não são obrigados a relatar os resultados positivos. Além disso, o governo parou de publicar o número diário de casos assintomáticos.

O que o médico infectologista diz

O médico infectologista João Prats explica o porque, do Hospital BP, em entrevista neste domingo (25).

“Quanto maior o número [de casos], maior a preocupação para o resto do mundo. Tem acontecido de, quando acontece alguma coisa dessas na China, a gente vê o mundo algum tempo depois sofrendo também”, disse.

“Vamos ver esses próximos 15 a 20 dias, e os dados que vierem da China, e o que vai acontecer no nosso país. Principalmente um, dois meses depois de um surto fora a gente tem visto impacto aqui.”

Nesse sentido, ele afirmou que é especialmente preocupante, para o Brasil, o fato de a cobertura da terceira dose estar ainda bastante defasada em alguns estados, além do risco do surgimento de uma nova variante, na China, que seja mais resistente às vacinas.

“Quanto mais surtos e números grandes de casos, maior chance de uma variante nova (…), e isso é sempre preocupante”, afirmou.

 

 

 

AliançA FM

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