Região Sul do país foi a que mais registrou denúncias e o Rio Grande do Sul lidera o ranking entre os estados.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) já registrou 173 denúncias de assédio eleitoral nas eleições de 2022. O assédio eleitoral é crime e ocorre quando um empregador age para coagir, ameaçar ou promete benefícios para que alguém vote em determinado candidato.
A região Sul do país foi a que mais registrou casos de assédio eleitoral: 83. Os três estados da região também ocupam a primeira, segunda e terceira posição no ranking, sendo o Rio Grande do Sul o campeão de denúncias.
- Rio Grande do Sul: 30
- Paraná: 29
- Santa Catarina: 24
Na segunda posição está a região Sudeste, com 43 denúncias registradas. Seguida pelo Nordeste (23), Centro-Oeste (13) e Norte (11).
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Região Sul tem 46% dos registros; Sudeste tem 25%
Relembre alguns casos
No Rio Grande do Sul, a empresa de implementos agrícolas Stara divulgou um comunicado ameaçando cortar seus negócios se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições. O caso foi revelado pela Folha de S. Paulo.
Antes do primeiro turno das eleições, uma denúncia de assédio eleitoral foi registrada em Tocantins contra o pecuarista Cyro Toledo. Ele prometia 15º salário aos empregados, caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse reeleito.
Na Bahia, a ruralista Roseli Vitória incentivou empresários do setor agropecuário a demitirem “sem dó” quem votasse no petista. Investigada pelo MPT, ela se retratou nas redes sociais e se comprometeu a custear campanhas nas rádios para reforçar a liberdade de voto e destacando a ilegalidade de coação.
AliançA FM