O policial penal federal Jorge Guaranho virou réu por homicídio duplamente qualificado do tesoureiro do PT Marcelo Arruda.
A decisão é do juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, que acolheu a denúncia oferecida mais cedo pelo Ministério Público do Paraná.
O juiz acolheu a avaliação do MP de que Guaranho agiu por motivo fútil decorrente de “preferências político-partidárias antagônicas” e que o policial colocou a vida de mais pessoas ao efetuar os disparos no salão de festas.
“Apesar de a jurisprudência majoritária dos tribunais superiores entender que a decisão de recebimento da denúncia não exige fundamentação, cumpre observar, de modo sucinto, que o caderno investigatório possui a presença de indícios suficientes de autoria e prova de materialidade do crime tipificado no art. 121, § 2º, inciso II e III, in fine, do Código Penal, bem como que restam preenchidos os requisitos do artigo 41 do Código de Processo Penal, razão pela qual recebo a denúncia oferecida em desfavor de JORGE José da Rocha Guaranho”, diz trecho da decisão.
Em nota, o advogado de defesa da família de Arruda, Ian Vargas, afirmou que, “independente da tipificação legal, do enquadramento da qualificadora do homicídio, foi fundamental,o reconhecimento pelo Ministério Público de que a motivação política foi o principal elemento causador desse homicídio brutal”.