A Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza o monitoramento da Deltacron e informa que estudos sobre as características epidemiológicas da variante estão em andamento.
Até o momento, a variante foi identificada em poucas amostras, em países como França, Holanda e Dinamarca. Na última terça-feira (15), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou a identificação dos dois primeiros casos no Brasil, nos estados do Amapá e Pará.
Desde o início da pandemia, a OMS recomenda que os países realizem a testagem e o sequenciamento genômico do coronavírus, com o objetivo de identificar com agilidade possíveis mutações virais.
A nova variante tem sido monitorada pela OMS. Em entrevista à imprensa, a diretora técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, afirmou que foram identificados poucos casos no mundo até o momento.
“Estamos cientes dessa combinação. É uma combinação de Delta AY.4 e Ômicron BA.1. Foi detectada na França, na Holanda, na Dinamarca, mas há níveis muito baixos dessa detecção. O recombinante, em si, isso é algo que se espera, dada a quantidade intensa de circulação que vimos tanto com Ômicron quanto com Delta”, afirmou Maria à imprensa.
As vacinas desenvolvidas e em uso contra a Covid-19 no mundo têm como objetivo central a prevenção de doenças graves e mortes. De acordo com a OMS, os imunizantes atuais conferem altos níveis de proteção diante da infecção pela Ômicron.
Segundo a diretora técnica da OMS, os estudos sobre a Deltacron ainda estão em desenvolvimento.
“Não vimos nenhuma mudança na epidemiologia com este recombinante, não vimos nenhuma mudança na gravidade, mas há muitos estudos em andamento. A OMS está ciente disso por causa de nosso Grupo Técnico Consultivo para Evolução de Vírus, que se reúne regularmente desde junho de 2020 exatamente por esse motivo”, disse Maria.
O pesquisador Fernando Spilki também afirma que o entendimento das características principais da Deltacron depende de avanço nos estudos.
AliançA FM