De acordo com o Dieese-PA, o preço médio do quilo do frango resfriado da marca Americano custava, há exato um ano, a considerar o mês de agosto, R$ 7,50, em Belém, enquanto que no mesmo mês deste ano foi encontrado ao preço de R$ 10,91, o que representa o aumento de 45,47%. Já o valor a ser pago pelo quilo do tipo congelado da mesma marca apresentou alta de 24,56% nesse mesmo período, quando teve o preço médio de R$ 6,84 em 2020, e em agosto deste ano comercializado a R$ 8,52.
A crise política e o preço dos alimentos
As perspectivas para o preços dos alimentos não são favoráveis, por três motivos principais.
O primeiro deles é a crise hídrica, que tem se mostrado mais severa do que o inicialmente previsto pelo governo e já compromete safras de produtos que abastecerão os supermercados no próximo ano.
O segundo é que não há perspectiva de que as commodities agrícolas voltem a um patamar de preços muito mais baixo do que o atual.
RECLAMAÇÕES
Independente da conservação e das marcas, o certo é que o consumidor tem sentido no bolso o peso de um dos alimentos que, além de mais saudável, era uma alternativa à carne, que disparou. “Ano passado a gente comprava dois quilos de frango por R$ 12 a R$ 14, hoje estou pagando quase esse valor por um quilo do resfriado. Mas temos de comprar, pois ainda tem sido mais barato em comparação com a carne”, afirmou Nazaré Carvalho, 62, autônoma.
Apesar de ser a opção mais em conta para compor a proteína na mesa, a reclamação dos consumidores se deve ao fato dos constantes aumentos. “Não é porque ainda é mais em conta, principalmente em relação à carne. Não é justo diante das dificuldades que esse alimento sofra tantos aumentos. Tem ficado mais distante da mesa das pessoas, principalmente das mais necessitadas”, disse Mikely Magno, 29, cuidadora.
AliançA FM.