Antônio foi internado no dia 15 e, Francisca, dois dias depois, ambos no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília.
“A médica falou que fez de tudo para salvar os dois, porque viu esse amor e cuidado entre eles e a família. Os filhos, o genro, a nora, os netos, todos se prontificaram a cuidar até o último momento”, relata a auxiliar de limpeza Lucineide Nunes, 26 anos, filha de Antônio Nunes, 67 anos e Francisca Nunes, 64.
Depois de perder o patriarca para a doença, a filha e seus irmãos receberam a notícia da morte da mãe quando ainda estavam concluindo o enterro do pai.
A morte do aposentado Antônio ocorreu menos de 24 horas antes do óbito de sua esposa, a dona de casa Francisca Nunes, 64. Ele foi sepultado no sábado (3); ela, no domingo de Páscoa.
Casados havia 47 anos, Antônio e Francisca deixam quatro filhos e sete netos. Antônio e Francisca eram maranhenses. Eles tiveram contato com o coronavírus numa viagem à terra natal em que foram buscar uma irmã de Antônio, Maria Azevedo Silva, 81 anos, para trazê-la a Brasília.
Como estava há mais tempo com a doença, Maria foi a primeira a ser internada, no início de março. Ela faleceu uma semana depois.
“Quando eles estavam vivos, a gente dizia que quando um morresse o outro iria logo em seguida, e foi o que aconteceu. Estamos vivendo um luto porque nossos pais eram muito amados. Nosso condomínio não será mais o mesmo”, disse Lucineide.
Por: DOL