Ela precisou ser intubada e, quando iria ser extubada, quadro se agravou
A estagiária de enfermagem Natália Barbosa Moraes Rodrigues, de 24 anos, morreu por complicações da covid-19, no sábado (27), em Sorocaba (SP), quando ela começava a apresentar melhoras e médicos planejavam extubá-la.
O namorado da jovem, o universitário Aaron Fabrício Pacheco da Silva, também de 24 anos, disse que a jovem, que trabalhava no Hospital Adib Jatene, se recuperava-se bem da doença, mas teve uma piora repentina no quadro de saúde.
Os primeiros sintomas de Natália foram os clássicos: tosse, febre e dor de cabeça, isso no último dia 3 de março. Ela havia tomado a primeira dose da vacina contra a covid, mas não teve tempo de receber a segunda, que garante maior defesa contra o vírus.
Após uma, semana, ela começou a piorar. “A saturação dela estava baixa e ela estava com muita dificuldade de respirar. Ela precisou ser internada na enfermaria onde ficou no oxigênio por uma semana”, relata o namorado.
Natália foi transferida, então, para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e lá ficou por 15 dias intubada. Durante a transferência, a jovem teve duas paradas cardiorrespiratórias, mas foi reanimada.
“Antes de ela ser intubada, a gente estava conversando pelo Whatsapp. Naquele dia, ela comentou que teve uma crise de ansiedade, mas foi se se acalmando. Em seguida, ela disse que ia dormir e me desejou boa noite. Foi a última mensagem que trocamos”, contou Aaron.
O pai e a mãe de Natália também contraíram a doença, sendo que o pai precisou ser internado.
Apaixonada por enfermagem
O namorado conta que Natália a jovem era apaixonada pela profissão e tomava todos os cuidados para não se infectar.
“A gente ficava preocupado com o risco de contaminação, mas ela sempre falava que amava a enfermagem e era para isso que ela estava se formando, para cuidar e ajudar as pessoas. No hospital ela cuidava dos pacientes que estavam se recuperando da doença”, lembra Aaron.
“Enquanto essas pessoas que estão fazendo de tudo pelos pacientes estão indo embora vemos muita gente fazendo festas clandestinas e participando de comemorações. Enquanto isso quem sofre somos nós”, disse Aaron.
Por: O Liberal