A Ucrânia “não pode aceitar nenhum ultimato da Rússia”, declarou na última segunda-feira (21) o presidente ucraniano Volodimir Zelensky em entrevista a um veículo de comunicação estatal regional. A declaração ocorre no dia em que a guerra entre os dois países chega ao 26º dia e após as tropas russas apertarem o cerco ontem contra a cidade portuária de Mariupol. O município recusou rendição.
“A Ucrânia não pode aceitar nenhum ultimato da Rússia. Primeiro terão que destruir a todos nós, só então seus ultimatos serão respeitados”, afirmou o presidente ucraniano
“‘Nós (os russos) enviamos um ultimato, lá estarão todos os pontos. Se cumprirem, pararemos a guerra’: isso não é o certo, isso não dará resultados”, acrescentou, afirmando que “o povo está unido”.
A Rússia quer que as cidades de Kharkiv (nordeste), Mariupol (sudeste) e a capital Kiev se rendam, destacou o chefe do Estado ucraniano. Mas “nem os habitantes de Kharkiv, nem os de Mariupol, nem os de Kiev, nem eu, o presidente, podemos fazer isso”, disse ele.
“O que você quer? Destrua-nos. Por isso respondo: não podemos respeitar este ultimato a menos que não estejamos mais aqui”, concluiu.
O presidente ucraniano deve falar por vídeo ao Parlamento italiano na terça-feira (22), como já fez com Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Israel. Na quarta-feira (23), ele falará perante o Parlamento francês.