Dois homens, de 32 e 47 anos, suspeitos de furtarem picanha, foram espancados e torturados dentro do depósito do supermercado. Sete pessoas são investigadas pelos crimes, incluindo funcionários do estabelecimento e policiais militares. Ninguém foi preso.
A Polícia Civil investiga um caso de tortura a duas pessoas suspeitas de furtarem picanha em um supermercado em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O fato aconteceu no dia 12 de outubro. Após serem flagrados, os homens passaram por uma sessão de tortura que durou 45 minutos.
A polícia só ficou sabendo porque um dos homens que sofreu as agressões deu entrada no Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre com ferimentos graves. Sete pessoas são investigadas pelo espancamento de dois homens no depósito do estabelecimento em Canoas. Três são policias militares e dois são funcionários do supermercado, o gerente e o subgerente.
Quando e onde ocorreu a tortura
A sessão de tortura contra os dois homens ocorreu no dia 12 de outubro, em uma unidade do supermercado da rede Unisuper em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Segundo a polícia, a dupla teria furtado dois pacotes de picanha, que custam cerca de R$ 100 cada. O crime de furto não foi registrado na polícia.
As agressões aconteceram no depósito do estabelecimento e duraram cerca de 45 minutos. Os homens apanharam com pedaços de madeira, sacos cheios de carne e até um pallet foi jogado sobre eles. Os homens bateram principalmente nas mãos e no rosto das vítimas. O homem negro foi o que mais apanhou. Ele precisou ser colocado em coma induzido no hospital. Segundo a polícia, ele está recuperado.