Violência policial no Brasil é relatada às Nações Unidas

Violência policial no Brasil é relatada às Nações Unidas

A ONU cobrou uma investigação rápida sobre a morte de Genivaldo de Jesus em um carro da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No último sábado (28), a Polícia Federal fez uma perícia na estrada onde aconteceu a abordagem em Sergipe.

Os peritos chegaram ainda pela manhã ao município de Umbaúba. Fizeram fotos e vídeos do trecho da BR-101 onde Genivaldo de Jesus Santos foi abordado, na quarta-feira (25). As equipes também usaram um drone para fazer o levantamento da área e vistoriaram o carro da Polícia Rodoviária Federal (PRF), onde Genivaldo morreu. Os peritos encontraram vestígios de substâncias químicas.

“Seria uma substância que depois a perícia chegará à conclusão se é ou não compatível com aquela do artefato utilizado”, relata Fredson Vidal, delegado da Polícia Federal.

Genivaldo foi morto na última quarta-feira (25), depois de ser parado pela Polícia Rodoviária Federal porque estava sem capacete.

Um especialista do Fórum Brasileiro de Segurança Pública viu todos os vídeos da abordagem e avaliou a conduta dos agentes.

O Escritório da ONU para os Direitos Humanos na América do Sul cobrou das autoridades brasileiras uma investigação “célere e completa” da morte de Genivaldo. O chefe do escritório, Jan Jarab, disse que é fundamental que as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público cumpram com as normas internacionais de direitos humanos, e que os policiais responsáveis sejam levados à Justiça, garantindo reparação aos familiares da vítima.

a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) cobrou a prisão cautelar dos três policiais envolvidos na morte de Genivaldo. O Conselho Federal da OAB disse que a medida é necessária para garantir a agilidade e transparências das investigações.

“A OAB Sergipe, juntamente com o Conselho Federal da OAB, atuará diretamente no caso para cobrar essa ágil responsabilização. E também exigir medidas preventiva por parte da Polícia Rodoviária Federal, para que episódios como esses jamais voltem a acontecer”, afirma o presidente em exercício do Conselho Federal da OAB, Rafael Horn.

A Superintendência da Polícia Federal em Sergipe disse que, por lei, tem 30 dias a partir da instauração do inquérito para concluir as investigações.

AliançA FM

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