Vice-presidente Geraldo Alckmin defende a reindustrialização

Vice-presidente Geraldo Alckmin defende a reindustrialização

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse, ontem, que a reforma tributária e a reindustrialização do País são fundamentais para a retomada do desenvolvimento do Brasil.

As falas aconteceram durante a cerimônia em que tomou posse como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Alckmin destacou também durante a cerimônia de posse a importância de realizar uma reforma tributária | Crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse, ontem, que a reforma tributária e a reindustrialização do País são fundamentais para a retomada do desenvolvimento do Brasil.

As falas aconteceram durante a cerimônia em que tomou posse como ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Embora Lula tenha declarado, em novembro, que o ex-governador de São Paulo não disputaria vaga de ministro por ser vice-presidente, Alckmin acumulará as duas funções.

“A reindustrialização é essencial para que possamos retomar o desenvolvimento sustentável e que essa retomada ocorra sobre o prisma da justiça social”, disse o vice-presidente e ministro durante a cerimônia.
Assim como outros ministros, Alckmin usou diversas vezes a palavra “reconstrução” e teceu críticas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em outro momento, o vice-presidente também defendeu a realização da reforma tributária -a qual classificou como fundamental- para atingir o desenvolvimento e alcançar uma política industrial contemporânea.

Após o evento, Alckmin afirmou que a discussão referente à reforma tributária está “bastante madura”.
“Quem estabelece a data é o parlamento, por ser uma PEC [proposta de emenda à Constituição]. Mas eu diria que ela está bastante madura”, afirmou o novo ministro. Em seguida, ele foi questionado se a proposta estaria madura para 2023, e novamente respondeu afirmativamente.

Alckmin citou ainda as duas propostas de reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional, argumentando que elas já foram bastante discutidas, não apenas no Legislativo, mas também com a sociedade civil. Disse que o debate “já andou bastante”.

“Agora vamos discutir internamente qual o melhor caminho para poder complementá-lo. O ministro Fernando Haddad já destacou que é prioridade da área econômica. A reforma tributária pode fazer o PIB crescer, dar mais eficiência econômica, ajuda a reduzir o custo Brasil, porque simplifica os impostos. O mundo inteiro tem imposto agregado, mas nós temos uma infinidade de impostos”, completou.

O vice-presidente também afirmou que ainda não discutiu em detalhes uma possível reforma da TJLP, a taxa de financiamento de longo prazo do BNDES. Acrescentou que a agenda de competitividade não é composta por um único item, mas que é importante criar condições para reduzir a taxa de juros.

Depois, em conversa com jornalistas, Alckmin disse que haverá um esforço para reduzir o prazo de patentes e marcas, sem entrar em detalhes. “Um prazo menor, isso vai atrair muito investimento na área de pesquisa e desenvolvimento”, disse.

Alckmin também prometeu que sua pasta vai dar importância para questões relacionadas a desenvolvimento sustentável. Afirmou que o Mdic vai contar com uma Secretaria de Economia Verde, argumentando, entre outros pontos, que o Brasil precisa “estar em sintonia com as necessidades da comunidade internacional”.

Afirmou que o cuidado com o ambiente será importante internamente, para abrir oportunidades, mas também citou que pode assim evitar resistências na Europa à entrada dos produtos brasileiros, citando que muitas vezes a questão do desmatamento é usada para mascarar o protecionismo, em particular de países europeus.

Com Alckmin na pasta, o PSB acumula três ministérios: Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Justiça e Segurança Pública; e Portos e Aeroportos.

O nome do ex-governador paulista ganhou força para a pasta diante da dificuldade de Lula em encontrar um titular, ao ouvir a recusa de empresários para o posto. O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, da Coteminas, e Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra, declinaram do convite.

(Com informações diariodocomercio)

AliançA FM

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