Venezuela protestos de professores públicos contra um salário de até US$ 15
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Venezuela contra o salário baixo. Em um país onde a inflação interanual chega a 422%, eles exigem melhores condições trabalhistas, depois de quase cinco anos sem reajuste. A evasão de alunos e professores do sistema público é alta devido à defasagem salarial.
A situação dos professores públicos na Venezuela é delicada. Na quarta-feira (20), funcionários e professores fizeram um jejum de 12 horas nas dependências da Universidade Central da Venezuela, uma das principais universidades do país, para exigir um aumento salarial.
Em todo o país, os professores públicos recebem um salário que não cobre nem o pagamento do mês.
Existe uma variação entre cinco dólares e U$15 por mês, ou R$ 73. O Cendas (Centro de Documentação e Análise Social) afirma que a quantia não é suficiente para comprar a cesta básica, que custa cerca de U$502 (quase R$ 2.434). Portanto, para ter acesso a uma alimentação suficiente, sem contar com as despesas adicionais básicas, como moradia, transporte e roupas, são necessários mais de trinta salários mínimos.
Há quase dois anos, os professores não receberam aumentos, o que representa um considerável déficit em relação ao constante aumento dos preços no país.
A presidente da Formação de Dirigentes Sindicais (Fordisi), Griselda Sánchez, fala sobre a situação dos docentes na Venezuela:
“Muitos professores morreram por não ter salários, remédios, não têm sequer como ir às escolas. Os benefícios que recebem mais ou menos alcançam para buscar algo de comida. Realmente a situação é profundamente grave”. Venezuela protestos de professores Venezuela protestos de professores
O outro problema enfrentado pelos professores é a falta de infraestrutura nas instituições acadêmicas. Em todo o país, há escassez de energia elétrica, lousas, materiais de ensino e água em muitos centros educacionais públicos.
Além dos muitos professores aposentados, cerca de 500 mil professores estão na mesma situação.
Além disso, outros trabalhadores do serviço público, que também enfrentam o baixo salário, participam dos protestos em solidariedade aos professores.
Após uma breve pausa, a inflação voltou a subir nos últimos meses e continua a diminuir o poder de compra em todo o país.
A inflação interanual, calculada em agosto deste ano, é de 422%, de acordo com o Observatório Venezuela de Finanças, organizado por opositores. Os alimentos e os serviços essenciais contribuíram para a alta.
AliançA FM
