Venezuela: com retomada econômica, analistas preveem alta de 10% do PIB em 2022

Venezuela: com retomada econômica, analistas preveem alta de 10% do PIB em 2022

 

Após oito anos de retração, a economia da Venezuela volta a crescer. De acordo com as estimativas econômicas, o Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano deve fechar 2022 com um aumento de 10%, uma alta significativa principalmente se comparada aos anos anteriores. A recuperação também é retratada no aumento do consumo e na volta de venezuelanos ao seu país natal.

O que se vê nas ruas da capital Caracas neste segundo semestre de 2022 aponta para uma Venezuela totalmente diferente daquela de anos atrás. Há uma notável movimentação econômica. Pessoas comprando produtos de variados preços, desde alimentos e bebidas a artigos mais sofisticados. Para se ter uma ideia, o preço de um cachorro quente em uma carrocinha de rua pode variar entre U$1,50 e US$ 10. Preços surpreendentes se comparados com os de anos anteriores, ou até mesmo com os de outros países da região.

De acordo com o Observatório Venezuelano de Finanças, o consumo escalou um aumento de 21% nos últimos meses. Já a atividade econômica subiu 16,6% no segundo trimestre de 2022. Este crescimento é consequência de alguns fatores, como a estabilização da produção petroleira, um maior investimento do governo e o fim da hiperinflação, que por anos foi classificada como a maior do mundo.

A recuperação econômica venezuelana tem sido contínua, ficando em 12,3% no primeiro semestre deste ano. De acordo com a empresa de análises econômicas Ecoanalítica, o PIB deste ano deve apresentar um crescimento de 9,7%, número expressivo em relação aos resultados do PIB dos últimos oito anos, marcados pela forte contração da economia local.

A queda livre da economia venezuelana começou no final de 2014 e parou apenas em meados de 2021. Embora haja uma recuperação, o poder econômico dos venezuelanos ainda está bem longe do que foi nos tempos áureos do país. Além disso, apesar da reação dos índices econômicos e do consumo, ainda há setores muito precários no país, como o de serviços básicos, saúde e educação.

AliançA FM

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