Vendas do varejo crescem 0,7% em julho, aponta IBGE

Vendas do varejo crescem 0,7% em julho, aponta IBGE Após ficar estável no mês anterior, as vendas do varejo brasileiro cresceram 0,7%

Vendas do varejo crescem 0,7% em julho, aponta IBGE Após ficar estável no mês anterior, as vendas do varejo brasileiro cresceram 0,7%


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Vendas do varejo crescem 0,7% em julho, aponta IBGE
Após ficar estável no mês anterior, as vendas do varejo brasileiro cresceram 0,7% em julho na comparação com junho de 2023.

Assim, a média móvel trimestral variou 0,1% no trimestre de maio a julho, depois de registrar um recuo de 0,2% no trimestre encerrado em junho.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) nesta sexta-feira (15).

Houve uma alta de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso é o segundo aumento consecutivo nessa comparação. Foi de 1,5% no ano até julho, comparado com o mesmo período do ano anterior. O total nos últimos 12 meses foi de 1,6%.

Os resultados vieram acima do esperado pelo mercado, que, de acordo com a mediana das estimativas da Bloomberg, esperava uma alta de 0,5% na comparação mensal e de 2% na comparação anual.

Cristiano Santos, gerente da pesquisa, enfatiza que o crescimento ocorreu após três meses com resultados próximos de zero.

Ressalta que, em termos de patamar, parece que estamos pegando esse cenário de estabilidade, mas ainda não é o caso de um crescimento pronunciável.

O comércio varejista do país está 2,2% abaixo do nível recorde da série de outubro de 2020.

Desempenho por segmento

Das oito atividades calculadas, quatro foram concluídas durante o mês. Equipamentos e materiais de escritório de informática e comunicação tiveram a maior expansão, com 11,7%.

Com resultados amplamente negativos e positivos, a atividade deve apresentar a maior volatilidade em 2023. A alta deste mês é explicada pelo dólar e pelas mudanças na política de importação, segundo o IBGE.

“Houve algumas mudanças na questão da tributação das importações, que acabam oferecendo um ímpeto maior na variação dessa atividade”, justifica o pesquisador.

O setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou a segunda maior alta, crescendo 8,4% de junho a julho. O pesquisador diz que a crise contábil de grandes empresas fez com que o setor se comportasse mal nos últimos meses.

“A alta vem muito por conta de base de comparação baixa, mas também houve promoções pontuais. Algumas grandes lojas realizaram uma espécie de antecipação de black friday. Embora tenha sido algo bastante específico, focado, e não tenha atingido a atividade como um todo, foi suficiente pra dar essa virada de trajetória” complementa Cristiano Santos.

Além disso, o setor de hipermercados, supermercados, alimentos, bebidas e fumo, que representa mais de 45% da pesquisa, apresentou alta de 0,3%. Embora quase zero, essa expansão, combinada com a alta do mês anterior, leva o setor de alimentos a um crescimento de 1,7% no bimestre após uma queda em maio.

Como resultado da pressão menor da inflação, que contribui para o aumento da receita das empresas, Cristiano afirma que esse é o resultado. “Uma vez que a pressão dos preços dos alimentos diminuiu, a demanda tem margem para crescimento”, afirma.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria foram a quarta atividade com campo positivo em julho (0,1%).

Tecidos, vestuário e calçados (-2,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%) foram as atividades de destaque. A primeira, relacionada à crise contábil das grandes cadeias varejistas, vem experimentando uma queda significativa nos últimos meses.

A segunda, que começou sua recuperação em 2023, recua significativamente em comparação com a primeira. As variações em julho foram negativas em móveis e eletrodomésticos (-0,9%) e combustíveis e lubrificantes (-0,1%).

Varejo ampliado

O comércio varejista expandido, que inclui outras três atividades, registrou expansão de 9,8% no atacado de alimentos, bebidas e fumo e 19,6% no atacado de veículos e motos, partes e peças.

Além disso, a variação do material de construção foi de -0,3% nesta análise.

Assim, o volume de vendas do indicador caiu 0,3% na comparação mensal.

A média móvel trimestral foi de 0,2%, enquanto a média móvel anual foi de 4,3%.

O varejo ampliado teve um aumento acumulado de 2,3% nos últimos doze meses.

Na comparação interanual, a indústria cresceu 6,6% em julho de 2023 em comparação com julho de 2022.

Os dados foram inferiores às estimativas da Bloomberg, que estimavam uma queda de 0,1% no comparativo mensal e uma alta de 7,1% no comparativo anual.

 

AliançA FM

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