O volume de vendas no comércio varejista brasileiro cresceu 1,0% em março na comparação com fevereiro e 4,0% ante o mesmo mês de 2021, mostram dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados na última terça-feira (10).
Os números vieram bem acima do esperado pelo mercado pelo segundo mês consecutivo. A expectativa era que as vendas no varejo subissem 0,4% frente a fevereiro e 2,05% na comparação anual, segundo consenso Refinitiv. Em fevereiro as vendas no varejo já haviam subido 1,1% (contra uma expectativa de alta de apenas 0,1%).
Com o resultado de março, o volume de vendas no comércio agora acumula alta de 1,9% nos últimos 12 meses e de 1,3% no ano, fechando o trimestre no positivo (até fevereiro, o resultado era negativo em 0,1%).
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em março aumentou 0,7% frente a fevereiro e 4,5% na comparação com março de 2021. No acumulado do ano e em 12 meses, os crescimentos agora são de respectivamente 1,1% e 4,4%.
Alta em 6 dos 8 grupos
O avanço de 1,0% nas vendas no varejo em março foi puxado pelas altas em:
- Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (+13,9%)
- Livros, jornais, revistas e papelaria (+4,7%)
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+3,4%)
- Combustíveis e lubrificantes (+0,4%)
- Móveis e eletrodomésticos (+0,2%)
- Tecidos, vestuário e calçados (+0,1%)
Por outro lado, os 2 dos 8 grupos pesquisados que tiveram resultados negativos foram: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,9%).
No comércio varejista ampliado, o grupo de veículos e motos, partes e peças cresceu 2,2% entre fevereiro e março e o de material de construção retraiu 0,1%.
Alta de 4% em 1 ano
Na comparação com março de 2021, o comércio varejista avançou 4,0% e registra taxas positivas em 7 das 8 atividades:
- Tecidos, vestuário e calçados (+81,3%)
- Livros, jornais, revistas e papelaria (+36,1%)
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+8,9%)
- Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (+16,2%)
- Móveis e eletrodomésticos (+6,7%)
- Combustíveis e lubrificantes (+6,0%)
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+1,5%)
O único setor a apresentar queda na comparação anual é o hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,4%).
Considerando o comércio varejista ampliado, o aumento de 4,5% nas vendas na comparação anual foi puxado tanto por veículos e motos, partes e peças (+7,3%) quanto por material de construção (+1,2%).
Vendas crescem em 19 unidades da federação
Na passagem de fevereiro para março, 19 unidades da federação tiveram alta, com destaque para Goiás (3%), Roraima (2,8%) e Pernambuco (2,5%).
No campo das quedas, foram sete UFs, com o Amazonas (-3,2%) marcando a maior redução, seguida por Distrito Federal (-1,5%) e Bahia (-1,2%).
O Pará apresentou estabilidade.
AliançA FM