O número de atendimento de pacientes com síndromes respiratórias nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Belém aumentou nas últimas semanas, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). De 8 de julho a 4 de agosto, Belém registrou 1.699 atendimentos relacionados a sintomas respiratórios.
Segundo dados da Sesma, a UPA de Icoaraci foi a que registrou o maior aumento no número de atendimentos durante o período, foram no total 895 atendimentos. Em seguida aparece a UPA da Sacramenta, com 455 atendimentos, UPA do Jurunas com 129 e UPA Terra Firme com 111 atendimentos.
De acordo com a Sesma, o aumento no número de atendimentos se deu após o Hospital Abelardo Santos e a Policlínica Metropolitana deixarem de atender pacientes com sintomas da Covid-19 a partir do inicio de julho, o que teria somado a demanda a outras doenças. Com o fim de atendimentos nas unidades, o serviços passaram a ser realizados nas UPAs e Prontos Socorros da capital.
De acordo com a infectologista Andréa Beltrão, o aumento no número de casos era previsto a partir da reabertura de atividades não essenciais. “Após a reabertura de alguns estabelecimentos, shoppings, restaurantes, praias, era de se esperar um aumento número de casos da Covid-19. No nosso estado, nós passamos o pico, mas a pandemia ainda não terminou, então é muito importante manter todas as medidas preventivas”, disse.
Para a Coordenação da Rede de Urgência e Emergência de Belém, a capital tem estrutura para suportar o crescimento da demanda atual. “Nós estamos observando agora nas nossas unidades um aumento no número de atendimentos gerais, mas isso não quer necessariamente que esses atendimentos sejam Covid. Nós observados um aumento no número de atendimentos mas temos que observar também os casos positivos, número de óbitos, para que um desmereça o outro”, disse a coordenadora da Rede Claúdia Matos.