Um grupo de 90 organizações, institutos e pesquisadores pressionam as redes sociais por novas medidas para a integridade da eleição deste ano.
Um documento foi encaminhado a empresas de tecnologia nesta última quinta-feira (7) com 38 recomendações sobre integridade, transparência, segurança a grupos marginalizados, combate à desinformação sobre a Amazônia e o meio ambiente e regras para mitigação de eventuais erros das plataformas na eleição.
Assinam grupos como Coalizão Direitos na Rede, Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), Centro Popular de Direitos Humanos, Instituto Marielle Franco, Vladimir Herzog, Observatório Político e Eleitoral, Intervozes e Oxfam.
Twitter, TikTok, Meta (dona de Facebook, WhatsApp e Instagram), Google (dona do YouTube), Kwai e Telegram firmaram acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em fevereiro para combater a desinformação eleitoral. Apesar de mudanças já anunciadas pelas empresas, o grupo avalia que as políticas adotadas até o momento são “insuficientes para proteger a higidez do processo eleitoral”.
“Ainda que haja diferenças entre elas, nenhuma das plataformas de redes sociais têm políticas totalmente adequadas para os desafios que já estão postos neste processo eleitoral em curso”, diz o documento.
A defesa central da carta, que também será enviada à corte eleitoral, é que as redes sociais tenham políticas específicas para a integridade eleitoral e que os processos de moderação de conteúdo a contemplem. A Meta, por exemplo, não tem uma diretriz especial para isso.
Também há propostas sobre transparência, um dos principais gargalos do setor.
AliançA FM