O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) convidou a União Europeia a enviar observadores para as eleições brasileiras de 2022. Se o convite for aceito, será a primeira vez que o bloco europeu fará esse tipo de monitoramento no país.
Vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pelos setores de política externa e de segurança do bloco, o espanhol Josep Borrell já teria respondido ao TSE no mês passado, agradecendo o convite e informando que iria consultar os 27 Estados-membros da UE e também o Parlamento Europeu.
O TSE informou que também convidou outras instituições internacionais para o envio de emissários ao Brasil. Entre elas, a Organização dos Estados Americanos (OAS), o Centro Carter, o parlamento do grupo Mercosul e a Fundação Internacional de Sistemas Eleitorais (IFES), que tem sede em Washington. A aceitação dos convites, no entanto, ainda está em negociação.
Ao longo de seu mandato na Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) tem feito ataques recorrentes ao sistema eleitoral, pondo em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas e alegando fraude na eleição de 2018, sem apresentar evidências para fundamentar suas acusações. O presidente é desafeto do ministro Alexandre de Moraes, que estará no comando do TSE em outubro.
Em uma live na internet, o presidente exibiu uma série de teorias falsas, cálculos equivocados e vídeos antigos, que já haviam sido verificados e desmentidos, mas que ainda circulavam na internet, como supostas provas de fraude no sistema eleitoral. Na época, o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu no Twitter e em seu site alegações feitas durante a transmissão.
AliançA FM