Tragédia em SP reforça urgência em ações contra mudança de clima

Tragédia em SP alerta urgência em ações contra mudança de clima. Os primeiros estudos sobre o impacto das mudanças climáticas para

 

Tragédia em SP alerta urgência em ações contra mudança de clima. Os primeiros estudos sobre o impacto das mudanças climáticas para o planeta foram publicados há cinco décadas. Desde então, os cientistas — pelo menos os sérios e engajados — alertam sobre os riscos imediatos do aquecimento global. Apesar dos dados incontestáveis, muitas pessoas os consideram exagerados e distantes de sua realidade cotidiana. Para essa parcela descrente, os eventos provocados  pelos extremos do clima ficariam restritos, digamos, a uma geleira descongelada na Antártica ou a um pouco mais de calor nas temporadas de verão. O negacionismo estúpido e inconsequente foi golpeado no domingo 19, quando os efeitos perversos das mudanças climáticas desabaram sobre milhares de brasileiros.

Na ocasião, o litoral de São Paulo, principalmente as cidades de Bertioga, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba, recebeu a maior quantidade de chuvas da história do país.

As tormentas duraram dez horas. Em Bertioga, resultaram no acúmulo de 682 milímetros de água — 1 milímetro de chuva equivale a 1 litro de água por metro quadrado.

Em São Sebastião, o volume chegou a 626 milímetros. Trata-se de algo jamais visto: o recorde anterior pertencia a Petrópolis, no Rio de Janeiro, com 530 milímetros registrados em 2022. Ressalte-se: a maior marca até então é de apenas um ano atrás. Isso sugere, infelizmente, que novos recordes serão quebrados em breve. A tempestade que despencou sobre o litoral paulista varreu encostas, derrubou casas, carregou carros para longe e deixou um rastro de destruição que se estendeu por centenas de quilômetros.

De acordo com o governo do estado, ao menos 48 pessoas morreram, mas o número deverá aumentar, já que muitas estão desaparecidas. O que provocou a tragédia? A resposta é clara e indubitável: ela é resultado direto das mudanças climáticas e do descaso. Segundo o Instituto de Estudos Avançados da USP, a temperatura das águas do litoral de São Paulo estava entre 27 e 28 graus, o que significa 1 grau acima da média histórica. Tragédia em SP alerta

Quando a temperatura do oceano se eleva para além da normalidade, a evaporação atinge níveis indesejáveis, estimulando a formação de nuvens e chuvas intensas. Foi isso que provocou o desastre em São Paulo, que levou a monumentais tormentas no passado, como a da Bahia em 2022 e a de Teresópolis em 2011, e levará a novas enchentes no futuro. (Com informações VEJA)

 

 

 

AliançA FM

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