O número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil subiu para 160 milhões em todo o mundo. Um aumento de 8 milhões e 400 mil nos últimos quatro anos. Os dados fazem parte do relatório, Child Labour: Global estimates 2020, trends and the road forward (Trabalho infantil: Estimativas globais de 2020, tendências e o caminho a seguir – disponível somente em inglês), da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
O relatório aponta para um aumento significativo no número de crianças de 5 a 11 anos em situação de trabalho infantil, que representam pouco mais da metade do número total global. Outro alerta é o número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em trabalhos perigosos – aqueles trabalhos que podem prejudicar sua saúde, segurança ou moral – chegou a 79 milhões, um aumento de 6,5 milhões de 2016 a 2020.
A OIT tem trabalhado para a abolição do trabalho infantil ao longo dos seus 100 anos de história.
A coordenadora do programa de princípios e direitos fundamentais no trabalho da OIT no Brasil, Maria Claúdia Falcão, diz que “o documento destaca a necessidade de combater a prática, que pode ser agravado com a pandemia.”
A pesquisa aponta ainda que o setor agrícola é responsável por 70% do trabalho precoce. Por causa da pandemia a previsão é que até 2022 o número de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil passe de 160 milhões para 170 milhões.
AliançA FM
