Trabalhadores e trabalhadoras estão mobilizados nos portos do Espírito Santo, protestando contra a privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), cujo leilão está marcado para esta quarta-feira (30), em São Paulo. O leilão da Codesa abre caminho para a venda para iniciativa privada dos demais portos do país como pretende o governo de Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com Guterra, há riscos também para o desenvolvimento social e econômico locais, que são fomentados por meio de políticas de atração de cargas, de incentivo a pequenos e médios empresários, além da queda na arrecadação de impostos. Por isso, prefeitos, governadores, congressistas, além de grande parte do setor empresarial também são contrários ao projeto de privatização, de acordo com o dirigente.
“A autoridade portuária [administração portuária] é um patrimônio público e não há justificativa para privatizar. Pelo contrário, é um setor que, necessariamente, deve ficar sob o controle do Estado por todas essas razões expostas”, diz ele
EUA, França Holanda, não abrem mão sobre o controle, inclusive a dragagem. São países liberais, vale lembrar. É a Marinha e o Exército que cuidam disso. Aqui, o governo quer abrir mão do controle. Mais parece uma questão ideológica e ninguém sabe a troco de que” disse.
“Acreditamos que privatizar a gestão e a administração de nossos portos é um descompromisso com o Estado brasileiro, e não aceitamos. Estamos fazendo de tudo para que não aconteça”diz Guterra, em nome das entidades sindicais.
A expectativa, de acordo com o dirigente, é de que ao final desse período haja demissões e como a privatização da estatal é uma ‘experiência’ para a privatização de outros portos, mais de quatro mil trabalhadores em todo o país estariam com o emprego em risco.
AliançA FM