Um ato na manhã desta segunda-feira (24) marcou o início da paralisação dos trabalhadores da empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), que prometem cruzar os braços por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada em uma assembleia realizada por meio de videoconferência na noite do último dia 20, sob organização do Sindicato dos Urbanitários do Pará. De acordo com a organização, cerca de 80% dos funcionários aderiram ao movimento, que reivindica melhores condições de trabalho e questiona o aumento abusivo do plano de saúde e a falta de pagamento na participação dos lucros da empresa em 2017, 2018 e 2021.
“Os motivos são vários. A empresa discutiu com os trabalhadores e está nos devendo a PL de 2017, 2018 e 2021. Já tivemos cinco reuniões no Tribunal Regional do Trabalho e teve orientação para tentarmos chegar a um consenso. Já a contribuição do plano de saúde é ainda mais grave. Pagávamos para o plano contributivo um regime 10/90 (por cento) e agora ficou em 40/60. Não temos esse entendimento em relação ao acordo coletivo de 2021. Não vai ter condição de muita gente pagar o plano mais. Tinha quem pagava R$210 e agora vai saltar para R$1200 por conta da família. Sem contar as horas extras e as condições de trabalho, além de terem parado de fazer teste rápido de covid-19“, afirma José Bianor Monteiro Pena, funcionário da Eletronorte e diretor do Sindicato.
A Eletronorte informou em nota que, na última sexta-feira (21), recebeu a comunicação de entidades sindicais sobre a deflagração de movimento grevista a partir da 0h do dia 24/01. Com isso, os pleitos serão avaliados e a Empresa adotará as medidas administrativas e judiciais cabíveis para garantir a continuidade do fornecimento de energia, atividade essencial para a sociedade.