TITE defende dancinhas dos jogadores na copa do Catar

TITE defende dancinhas dos jogadores na copa do Catar

 

As dancinhas feitas pelos jogadores na comemoração dos gols da goleada sobre a Coreia do Sul que classificou a seleção brasileira para as quartas de final da Copa do Mundo ainda repercutem. E não só dentro do país. Na coletiva de imprensa desta quinta-feira (8), o técnico do Brasil foi perguntado por dois jornalistas estrangeiros sobre o impacto das críticas internacionais ao gesto o próprio Tite fez os passos da “Dança do Pombo” no último jogo, junto com o atacante Richarlison.

Tite comprou a briga dos jogadores e blindou o elenco da seleção a respeito do assunto: “Eu lastimo muito e não vou ficar fazendo comentários sobre quem não conhece a história brasileira, a cultura do Brasil, a forma, o jeito de ser. A esses que têm [feito comentários], é um ruído à parte.Eu quero a conexão com as pessoas que se identificam comigo, sabem do respeito e da minha história, para essas ficam minha atenção e meu coração”, disse o treinador, antes de completar com uma observação:”Ela [minha história] é muito discreta e vai continuar sendo, porque eu respeito a cultura, o jeito que eu sou, a cultura em que estou e a seleção em que trabalho.”

As dancinhas dos jogadores da seleção que irritaram ex-jogadores estrangeiros, são muito mais do que alegria ou irreverência nos bastidores da equipe. É o símbolo da união do grupo da seleção construída ao longo dos últimos anos e consolidada no Qatar. Ter coragem de dançar virou argumento para justificar a força interna dos atletas brasileiros na busca pelo hexacampeonato mundial. Tite vai além: nota traços de identidade nacional nas dancinhas.

“É a cultura brasileira, e ela não vai desmerecer nenhuma outra. É a nossa forma de ser. Em termos culturais, que a gente possa ajudar também na educação dos meninos. Vamos continuar sendo do nosso jeito”, disse o técnico.

É uma conexão com uma geração jovem. Eu tenho 61 anos, com atletas de 25, 23, 21, que podem ser quase meus netos e eu gero uma conexão com eles. Entre a equipe que eu trabalho e me conhece e sabe o bastidor, eu prefiro dar o valor a ela. Se tiver que dançar, eu vou dançar. Não é o meu perfil. De uma forma bem sutil, pedi para que eles me escondessem. Não é o meu perfil. O quadro quando se pinta é dos atletas. Não posso pintar o quadro maior, com soberba. São os atletas. Mas posso participar, sim. Com alegria. Eu tenho que treinar mais, eu sei, tenho pescoço duro, o braço não vai. Mas faz parte.”

A seleção brasileira volta a jogar nesta sexta-feira (9), às 12h (de Brasília), contra a Croácia. Vale vaga na semifinal da Copa do Mundo, num possível confronto diante da Argentina.

 

 

AliançA FM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *